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Instituto Moreira Salles e MAC-USP terão mostras
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O centenário de Samson Flexor vai servir para ao menos
duas instituições culturais de
São Paulo exibirem obras do artista. Em agosto, o MAC-USP
(Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São
Paulo) e o IMS (Instituto Moreira Salles) terão mostras dedicadas a Flexor.
De acordo com Antonio Fernando De Franceschi, curador
da exposição no IMS, a sua seleção vai ter como base as aquarelas apresentadas em Paris,
mas serão acrescidas de trabalhos pertencentes a colecionadores brasileiros. "Serão desenhos e aquarelas, acho que vamos conseguir 80 obras", diz
ele. O recorte seguirá para as
outras unidades do IMS até o
ano que vem, no Rio, Belo Horizonte e Poços de Caldas (MG).
No MAC, a curadora Carmem Aranha utilizará como
base os desenhos do acervo do
museu para a exposição.
"Os desenhos são excepcionais para entender o processo,
a construção das obras de Flexor", avalia Denise Mattar, curadora da última grande mostra de Flexor no Brasil, realizada em 2003 em São Paulo e no
Rio, "Modulações", no IMS carioca e na Galeria do Sesi, em
São Paulo. Ela tem o projeto de
expor obras de Flexor apenas
sobre mulheres no ano que
vem, mas ainda não foi fechada
a instituição que apresentaria
os trabalhos. "É uma produção
pouco conhecida do artista.
Desde o começo da carreira, ele
fazia nus lindíssimos."
Religião
Há algumas obras públicas
de Flexor em igrejas de São
Paulo. O destaque recai sobre o
conjunto de afrescos da igreja
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Jardim Paulistano,
feito entre 1957 e 1964. "É uma
das mais importantes obras religiosas do Brasil", afirma De
Franceschi. Flexor utiliza perspectivas geométricas para enfocar personagens religiosos.
A igreja Nossa Senhora do
Rosário de Fátima, no Sumaré,
também tem pinturas de Flexor, a série "Os Passos da Paixão" (1948-1951).
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