São Paulo, domingo, 18 de abril de 2010

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Crítica

"Baixio das Bestas" não rejeita riscos da aspereza

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Caro Diário" (TC Cult, 16h15; 12 anos), de Nanni Moretti, seria um bom filme para hoje. Mas quem se atreverá a tirar a família do futebol na época das finais estaduais?
É melhor o cinéfilo chutar o balde e investir na madrugada; às 2h, o Canal Brasil passa "Baixio das Bestas" (18 anos). Cláudio Assis é um diretor diferente dos seus colegas pernambucanos, que têm mostrado um Nordeste modernizado, com motos e sem jegues.
Para Assis, a permanência é mais relevante do que as transformações, e em "Baixio" (como em "Amarelo Manga") a permanência do primitivismo, como hábitos pessoais e também como relações culturais e econômicas, é o que prevalece.
Temos aqui um exemplo de cinema que não rejeita os riscos da aspereza: entre outras, nesse mundo agreste, é de um avô a explorar sexualmente a própria neta que se trata.


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