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Peixe fora d'água
Primeira série de animação brasileira na TV, "Peixonauta" conquista mercado infantil dominado por heróis enlatados
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Parecia missão impossível,
mas um peixe brasileiro invadiu as águas de Bob Esponja. O
novo herói das crianças é Peixonauta, agente secreto da Ostra (Organização Secreta para
Total Recuperação Ambiental).
Ele parece um astronauta
por usar um escafandro cheio
d'água para se manter vivo fora
do mar ou do lago. Além de nadar em água doce ou salgada e
de voar, conseguiu sobreviver
em um mercado dominado por
"predadores", desenhos de países como os EUA e o Canadá.
Tradicionais produtores de
animação, acabam sendo mais
sedutores e baratos para a TV
brasileira.
Exibido no Brasil e na América Latina pelo Discovery Kids,
"Peixonauta" é a primeira série
de animação brasileira na TV.
Na próxima terça, a produtora
independente TV PinGuim,
onde o peixinho nasceu, tem
muito a comemorar além do
primeiro aniversário da estreia.
"Peixonauta" é o programa
mais visto por crianças na TV
paga em seu horário principal
de exibição (das 19h30 às 20h).
Dobrou o ibope do Discovery
Kids nessa faixa e é sintonizado
por 41% a mais de espectadores
do que a média da programação, recheada por fenômenos
internacionais como "Backyardigans" e "Lazy Town".
Crianças cantam as músicas
do desenho, de Paulo Tatit, e
imitam as coreografias com
palmas que os personagens fazem para abrir a POP, pérola
colorida enviada pela agência
Ostra com pistas dos mistérios
a serem desvendados pelo peixe, todos relacionados à preservação ambiental. O Discovery
assinou pré-contrato para
comprar uma segunda temporada, com mais 52 episódios.
Luciano Huck, pai de dois
meninos (5 e 2 anos), assinou
parceria com a PinGuim para
lançar a versão teatral do desenho em setembro, em São Paulo, e depois no Rio. Ele acaba de
produzir com sucesso a peça do
desenho inglês "Charlie & Lola", fenômeno infantil. No palco, "Peixonauta" e seus amigos
deverão ser representados por
bonecos da Pia Fraus, conceituada companhia teatral.
Em 2011, o peixe invade outra praia inexplorada no país.
Ganha um filme para ser visto
com óculos 3D. Com mescla de
técnicas inédita no Brasil, o desenho, bidimensional na TV,
manterá os personagens nesse
formato no cinema, mas com
cenários em três dimensões.
FOLHA ONLINE
Assista ao trailer do desenho e
ouça entrevista com o Peixonauta
www.folha.com.br/1010511
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