São Paulo, domingo, 18 de abril de 2010

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Nas lojas, voz do cantor está disponível apenas em coletâneas e compilações

DA SUCURSAL DO RIO

Nenhum disco de carreira de Roberto Silva pode ser encontrado nas lojas. Há apenas duas coletâneas da gravadora EMI, dona do catálogo da Copacabana, por onde ele lançou a maior parte dos trabalhos. São 14 faixas na série "Eu Sou o Samba" e 16 em "One".
O estoque de "Volta por Cima" (2002), seu último CD, acabou e a gravadora Universal não prensou mais. O projeto de um disco comemorativo dos 90 anos não vingou.
A voz do cantor pode ser encontrada em produtos coletivos, como os das séries "Casa do Samba" (em que gravou com Caetano Veloso e Fernanda Abreu) e "Cidade do Samba" (em duo com Roberta Sá).
Os títulos mais importantes de Roberto são os quatro volumes de "Descendo o Morro", que ele gravou entre 1958 e 1961. Uma porção dos seus sucessos está ali. A EMI relançou em CD em 1999, mas os retirou de catálogo depois.
Nascido em Copacabana, onde reside, e tendo vivido muito tempo no subúrbio de Inhaúma, Roberto nunca morou em favela. Como era notória a associação entre morro e samba, Altamiro Carrilho, então diretor da Copacabana, criou a série.
O cantor, no entanto, já era famoso antes. Iniciou a carreira em 1938, após cumprir ofícios como os de lustrador de móveis, cobrador de ônibus e estafeta dos Correios -sem vocação, às vezes jogava telegramas fora para se livrar do trabalho.
Filho de um chapeleiro italiano com uma carioca, começou a cantar aos 12. Ao se profissionalizar na rádio Guanabara, largou o nome Roberto Napoleão e adotou o Silva em alusão a Orlando e Moreira, dois craques da época. "Quis botar minha cadeira no meio deles", explica. Depois vieram as rádios Nacional e Tupi, vários discos de ouro e prêmios. (LFV)


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