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Nas lojas, voz do cantor está disponível apenas em coletâneas e compilações
DA SUCURSAL DO RIO
Nenhum disco de carreira de
Roberto Silva pode ser encontrado nas lojas. Há apenas duas
coletâneas da gravadora EMI,
dona do catálogo da Copacabana, por onde ele lançou a maior
parte dos trabalhos. São 14 faixas na série "Eu Sou o Samba" e
16 em "One".
O estoque de "Volta por Cima" (2002), seu último CD,
acabou e a gravadora Universal
não prensou mais. O projeto de
um disco comemorativo dos 90
anos não vingou.
A voz do cantor pode ser encontrada em produtos coletivos, como os das séries "Casa
do Samba" (em que gravou com
Caetano Veloso e Fernanda
Abreu) e "Cidade do Samba"
(em duo com Roberta Sá).
Os títulos mais importantes
de Roberto são os quatro volumes de "Descendo o Morro",
que ele gravou entre 1958 e
1961. Uma porção dos seus sucessos está ali. A EMI relançou
em CD em 1999, mas os retirou
de catálogo depois.
Nascido em Copacabana, onde reside, e tendo vivido muito
tempo no subúrbio de Inhaúma, Roberto nunca morou em
favela. Como era notória a associação entre morro e samba, Altamiro Carrilho, então diretor
da Copacabana, criou a série.
O cantor, no entanto, já era
famoso antes. Iniciou a carreira
em 1938, após cumprir ofícios
como os de lustrador de móveis, cobrador de ônibus e estafeta dos Correios -sem vocação, às vezes jogava telegramas
fora para se livrar do trabalho.
Filho de um chapeleiro italiano com uma carioca, começou a cantar aos 12. Ao se profissionalizar na rádio Guanabara, largou o nome Roberto Napoleão e adotou o Silva em alusão a Orlando e Moreira, dois
craques da época. "Quis botar
minha cadeira no meio deles",
explica. Depois vieram as rádios Nacional e Tupi, vários
discos de ouro e prêmios.
(LFV)
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