São Paulo, quarta-feira, 18 de maio de 2011

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Bendito fruto

Apesar da concorrência de astros como Johnny Depp e Penélope Cruz, Brad Pitt se consagra como a grande estrela deste ano em Cannes

ANA PAULA SOUSA
ENVIADA ESPECIAL A CANNES

De Liz Taylor a Brigitte Bardot, de Alain Delon a Clint Eastwood, toda estrela subiu as escadarias do Palais do Festival de Cannes.
O aceno sorridente, a roupa perfeita e a serena distância que o astro mantém do público extasiam os fãs e promovem o artista -que difunde, ali, sua imagem ideal.
E, neste ano, a despeito da presença de Johnny Depp e Penélope Cruz, a apoteose do tapete vermelho coube a Brad Pitt, ator e produtor de "A Árvore da Vida", dirigido por Terrence Malick.
Pitt também foi porta-voz de Malick, que jamais aparece em grandes eventos.
"Tenho que ser cuidadoso. Não posso sair falando "Terrence é isso, Terrence é aquilo". Vou virar biógrafo dele", disse à Folha, rindo. Como Malick não veio, caiu sobre os ombros de Pitt a promoção de "A Árvore da Vida".
E essa missão, em Cannes, que tem 3,7 mil jornalistas credenciados, não é simples.
Pitt participou de uma conferência de imprensa após a projeção do filme e, ontem, deu entrevistas para dois grupos, de 25 jornalistas cada, no hotel Carlton.
Será que o ator, que sobretudo no início da carreira se sentia desconfortável diante da imprensa, gostaria de estar no lugar de Malick, ou seja, de não estar aqui?
"O lançamento de um filme como este é difícil, então, temos um trabalho a fazer", responde. "Quando Terrence começou, não havia essa pressão para viajar o mundo divulgando o filme."

POUCAS PALAVRAS
A passagem do ator pelo tapete vermelho, com Angelina Jolie, sua mulher, mobilizou flashes capazes de iluminar uma pequena cidade.
A foto do casal espalhou-se pelo mundo. Alguns dos milhares de curiosos que cercaram o Palais voltaram para casa com um autógrafo.
Pitt, que fala baixo e devagar, com modos gentis, admite que a exposição é um desafio à sua natureza.
O ator nasceu no sul dos EUA. E os homens do sul, graceja, são diferentes de Woody Allen: "Não falamos de nossas angústias. Com a gente, é preciso ler os silêncios". Mas algo que visivelmente lhe dá prazer é falar sobre os filhos.
"Ser pai muda tudo. E ter feito este filme é uma extensão dessa mudança", diz.


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