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MÚSICA
Show retoma influência de Siouxsie Sioux
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem não sabe que a grade de
programação da TV paga é definida com semanas de antecedência
pode até pensar que se trata de
uma espécie de homenagem. O
canal Eurochannel exibe amanhã
um já velho show de 2002 da banda inglesa Siouxsie & the Banshees, "The Seven Year Itch", que
marcou um retorno relâmpago
do grupo -desativado em 1996.
O interesse só aumenta porque,
anteontem, a vocalista Siouxsie
Sioux superou nomes mais populares do rock, como David Bowie
e Ramones, e recebeu o Mojo Icon
Award, prêmio concedido pela
conceituada revista inglesa, em
votação de leitores.
"Seven Year..." dá pistas de por
que essa banda, surgida em 1976,
ainda atrai a atenção de fãs. O grupo não fazia shows há sete anos,
daí a referência à "coceira dos sete
anos", longa com Marilyn Monroe que no Brasil virou "O Pecado Mora ao Lado". Se, no filme,
sete anos era o período necessário
para a infidelidade afetar um casamento, para Siouxsie, então
com 45 anos, foi um período em
que sua influência sobre novas
bandas só aumentou. Voz feminina mais potente no surgimento
do punk, ainda serviria de modelo para toda uma geração gótica/
psicodélica dos anos 80, que hoje
volta a reverberar nas jovens audiências do new metal.
Neste show, que enfatiza o contraste entre luz e sombras, gravado no Shepherd's Bush Empire
(Londres), a banda segue coerente em um caminho antipop, bizarro (preste atenção na participação
das japonesas do grupo eX-Girl
em "Peek-A-Boo", todas vestidas
de.... sapo!), privilegiando músicas pouco conhecidas. Claro que
não faltam hits ("Red Light",
"Happy House", "Cities in Dust"
etc.), mas o que impressiona é a
combinação do aspecto cênico da
cantora, ao estilo Marlene Dietrich, e a música, ainda densa.
The Seven Year Itch
Quando: amanhã, às 21h, no Eurochannel
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