São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2008

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Crítica

Longas de hoje questionam a reparação

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A reparação é algo bastante discutível, sempre. Há casos que se justificam, como o das funcionárias que se rebelam contra o chefe opressor em "Como Eliminar seu Chefe" (TC Cult, 20h; 12 anos). Outros amplificam o terror, como os adolescentes que dão cabo do colega patife em "Bully" (TC Cult, 23h50; 18 anos).
A pergunta vem mesmo com "Traga-me a Cabeça de Alfredo Garcia" (TC Cult, 13h45; 12 anos), no qual um fazendeiro quer matar o homem que engravidou sua filha. Há como reparar o que já está consumado?
"Hino de uma Consciência" (TC Cult, 15h50; livre) alarga essa dúvida, com a história do aviador que bombardeia um orfanato por engano e decide, mais tarde, abrir uma nova instituição no lugar atingido.
E o policial que assiste à desgraça de mulher e amigo em "Hana-Bi - Fogos de Artifício" (TC Cult, 22h; 12 anos) sem nada poder resolver? Este belíssimo filme de Takeshi Kitano deixa claro que conserto não há, pois a dor sempre fica.


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