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TELEVISÃO
Herói da TV Tupi lança livro de memórias
da Sucursal do Rio
O livro de memórias do ator
Wilson Vianna, que será lançado
hoje no Rio, às 20h, na livraria Argumento (zona sul), vai fazer muitos balzaquianos e quarentões voltarem à infância.
"A Vida Trepidante de Wilson
Vianna, o Capitão Aza" é um revival dos tempos em que o ator encarnava o personagem que convocava uma multidão de fãs para a
frente da TV com a chamada
"Alô, alô, Sumaré! Alô, alô, Embratel! Alô, alô, Intelsat 4! Alô, alô,
crianças de todo o meu Brasil!
Aqui fala o Capitão Aza, comandante-em-chefe das forças armadas infantis desse Brasil!".
De 1966 a 1979, Wilson Vianna,
na pele do Capitão Aza, apresentou na extinta TV Tupi o programa que exibia, nas tardes de segunda a sexta-feira, desenhos animados e séries hoje considerados
clássicos, como "A Feiticeira",
"Jeanne É um Gênio", "Speed
Racer" e "Corrida Maluca".
Vianna compara seu sucesso entre as crianças ao que a apresentadora Xuxa tem hoje.
Detalhe, conta o ator em seu livro: "Fui convidado para fazer
um filme dos Trapalhões, do qual
a Xuxa estava no elenco. Nos encontramos no estúdio, ela ficou
muito emocionada, me abraçou e
disse que o Capitão Aza era seu
ídolo de infância. Ainda me contou que havia se inspirado no meu
programa para criar o dela".
O que não impede que Vianna
faça críticas à performance da
apresentadora.
"A Xuxa está mais preocupada
em vender alho, sandálias, bonecas e tudo o que possa lhe trazer
dinheiro. Na minha época a televisão era mais lúdica, tinha sobretudo a função de educar, o que a
meu ver o programa da Xuxa está
longe de fazer", diz Vianna.
"A Vida Trepidante de Wilson
Vianna, o Capitão Aza" também
explica o motivo de o Aza com
"z" do nome do personagem.
"Era para homenagear um herói
da FAB (Força Aérea Brasileira),
na Segunda Guerra Mundial, cujo
nome era capitão Adalberto
Azambuja e que era conhecido entre os aviadores como Aza."
A vida trepidante de Wilson
Vianna vai além das aventuras do
Capitão Aza. Em seu livro de memórias, o ator relata como ingressou na polícia especial do ex-presidente Getúlio Vargas, fala sobre
os tempos em que participou de
filmes da Atlântica e como ganhou
o papel de um Tarzan mexicano e
sua viagem a cavalo ao México.
A última vez em que Vianna fez
um trabalho para a televisão foi na
minissérie "A Marquesa de Santos", na Manchete, em 1984.
Desde então o Capitão Aza trocou o céu pela água. Transformou
o Iate Clube do Rio de Janeiro em
sua segunda casa e hoje, diz, só
quer saber de pescar.
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