São Paulo, sábado, 18 de julho de 2009 |
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Mônica Bergamo bergamo@folhasp.com.br
Furto na moda
Os dez anos da morte do ex-governador André Franco
Montoro (1916-1999) foram
lembrados, anteontem, com
missa, exibição de filme e lançamento de um livro escrito
por sua filha Mônica, no mosteiro de São Bento. O documentário termina com a eleição indireta para presidente da República, em 1985, e não abrange
o período em que o homenageado apoiou o governo de José
Sarney, hoje à frente do Senado
e acossado por denúncias. A coluna perguntou aos convidados
do evento o que Montoro diria
da crise atual e se, naquela época, práticas como nepotismo e
tráfico de influência já não
eram ligadas à figura do atual
presidente do Congresso. "Não tinha tanta transparência, a gente não ficava sabendo", diz a vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antônio (PMDB). "Ele tinha sido governador do Maranhão e não sabíamos de nada de errado. Era da oposição [ao então MDB], mas tinha um currículo respeitável." Para o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), "era outro momento político. A crise não é só do Sarney nem privilégio do Senado. É preciso reforma política". André Franco Montoro Filho sai da sessão do filme, no anfiteatro do mosteiro, e diz que o documentário "deveria passar no Senado". E o apoio de Montoro a Sarney? "O Sarney daquela época era muito melhor do que o Sarney de agora", diz o filho do ex-governador e presidente do Etco (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial). "Uma das últimas coisas que ouvi do meu pai sobre o Sarney era que ele estava preocupado, porque o Sarney tinha cumprido um papel extraordinário na redemocratização do país, mas tinha que preservar uma visão mais ampla da política, compatível com a biografia dele." Invocando que "a origem dele era de oposição ao Vitorino Freire [1908-1977], que era o grande coronel nordestino", Montoro Filho diz que "aquele Sarney, concordo com o presidente Lula, não era uma pessoa comum. O Romário não foi o maior jogador do mundo? E quem votou nele como o maior vai se arrepender hoje [quando o craque é preso por não pagar pensão alimentícia]?". O secretário municipal de Participação e Parceria, Ricardo Montoro (PSDB-SP), era secretário particular do pai na eleição de 1985. "O Aécio [Neves] era secretário do Tancredo [Neves, eleito presidente] e a Roseana [Sarney] era secretária do pai dela [José Sarney, então vice de Tancredo]. Conversávamos muito". Ricardo acha que, se seu pai estivesse vivo, "estaria perfilado na oposição e pela saída do Sarney da presidência do Senado, que está desmoralizado. Sarney hoje está totalmente condenado". Depois de falar sobre Montoro na tribuna do mosteiro, o governador José Serra se dirige à saída, cercado por seguranças e com duas assessoras. "Ele estaria na linha de combate, independentemente de onde estivesse. Estaria sempre na frente, exasperado com os rumos que a vida pública tomou", diz. CURTO-CIRCUITO DANIELA MERCURY lança a turnê "Canibália" nos dias 7 e 8 de agosto, no Citibank Hall. Classificação etária: 14 anos. A TRADITIONAL JAZZ BAND apresenta amanhã o show "Judeus no Jazz", às 12h, no clube A Hebraica. Classificação: livre. O CANTOR Leo Maia se apresenta hoje, às 22h, no Ao Vivo Music, em Moema. Classificação etária: 18 anos. O ESPETÁCULO INFANTIL "A Bruxinha Atrapalhada" estreia hoje, às 11h, no CCBB. Classificação etária: livre. O DOCUMENTÁRIO "69 - Praça da Luz" será exibido hoje no festival "Premiere Brazil! 2009", em Nova York. ALEXANDRE E CAMILA PAIVA comemoram hoje o primeiro aniversário da sorveteria Stuzzi, na Vila Madalena. com ADRIANA KÜCHLER e DIÓGENES CAMPANHA e LEANDRO NOMURA Texto Anterior: Programação de TV Próximo Texto: Caio entre amigos Índice |
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