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Aniversário do 11/9 marca fim de série
"Rescue Me" chega à 6ª temporada nos EUA com emoções reais e destaque para traumas após resgate em 2001
Protagonista e criador
do seriado, Denis Leary
conta que usa reações e
histórias verdadeiras de
bombeiros de Nova York
JEREMY EGNER
DO "NEW YORK TIMES"
"Rescue Me", drama cômico sombrio sobre bombeiros,
termina no ano que vem,
pouco antes do décimo aniversário do 11 de Setembro,
acontecimento que o inspirou e é sempre revisitado.
No Brasil, o programa vai
ser reprisado desde a primeira temporada no canal pago
Liv a partir de 26/7 (de seg. a
sex., às 21h; 12 anos).
Em entrevista, o astro e cocriador da série, Denis Leary,
fala sobre o fim, seu personagem (o bombeiro sarcástico e
alcoólatra Tommy Gavin) e
as anedotas dos roteiros. Seguem trechos da conversa.
Pergunta - Vocês já rodaram
os episódios finais?
Denis Leary - Sim. Foi interessante, porque fizemos um
ano antes e temos bombeiros
reais no set, então assistimos
às reações deles. Na cena final, usamos um barco cujo
nome foi feito com aço do
World Trade Center. Assistir
à chegada dele, que o departamento de bombeiros teve a
gentileza de nos ceder, foi
bastante emocionante para
muitos dos bombeiros reais.
Por que o 11/9 continuou a ser
um tema tão central?
Porque o seriado é sobre
bombeiros. Ele tem sido a
história do ego masculino
heroico, da ideia de lidar com
a vida e a morte todos os dias
e a dificuldade de encaixar
isso na realidade. Para eles, o
acontecimento é como o
Vietnã ou a Segunda Guerra
-nunca vai desaparecer.
Como vocês desenvolveram o
personagem de Tommy?
Ele foi baseado em dois sujeitos, um que tinha enormes
problemas pessoais e outro
ótimo bombeiro. A equipe
que criamos foi uma versão
de uma equipe real. Adorava
a unidade e o jeito como seus
integrantes se relacionavam.
Os bombeiros no programa
tendem até a se parecer com
os da vida real.
Os personagens continuam a
ser inspirados na vida real?
Quase todos os diálogos
cômicos vieram das coisas
que ouvimos dos bombeiros
que trabalham no seriado, de
casos em que eles nos deram
uma ideia geral ou de quando nos contaram alguma história. Muito do que se vê é reportagem pura e simples.
O bombeiro que inspirou
Tommy fez alguma queixa?
O casamento de um deles
se desfez, mas ele e a ex-mulher tinham consciência de
que estávamos roubando
suas vidas. Acho que o outro
não. Eles estavam mais preocupados em que a vida dos
bombeiros transparecesse a
realidade emocional e técnica dos incêndios.
As histórias estão começando
a se fechar?
A pergunta é se eles vão
conseguir continuar assim.
Tommy tem idade para saltar
fora. Ele já fez o trabalho e
ainda está vivo. Não há vergonha nenhuma nisso. Ele
vai continuar a ler sobre sua
atividade nos jornais, mas
vai perder o ambiente de clube fechado e a adrenalina.
Tradução de CLARA ALLAIN.
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