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INTERNET
Cantor se recusa a comentar escândalo que protagonizou
George Michael comenta sua
sexualidade em papo virtual
da Reportagem Local
O cantor inglês George Michael
participou na quinta-feira de um
chat, programa de conversa em
tempo real, na Internet, em que
respondeu a perguntas de fãs.
Por mais de duas horas, Michael
falou sobre a sua sexualidade e
planos para a sua carreira, além de
temas tão díspares quanto a desclassificação da seleção inglesa na
Copa do Mundo e a saída da cantora Geri Halliwell das Spice Girls.
Logo no início do chat, o cantor
disse que não faria comentários
sobre o episódio que aconteceu no
dia 7 de abril, quando foi acusado
de conduta imoral após ter sido
flagrado por um policial em um
banheiro público de um parque da
Califórnia (EUA), praticando ato
libidinoso com outro homem.
"Não estou aqui para alimentar
a imprensa. Tenho muito a dizer
sobre episódios recentes, mas não
pretendo fazê-lo agora", disse.
Um dos participantes do chat
perguntou se o cantor se sentia
mais à vontade ao assumir abertamente sua sexualidade.
"Há muito tempo sou assumidamente gay. Todos que convivem
comigo sabem disso", disse.
Michael disse que admitir ser gay
para amigos e familiares é diferente de se assumir como gay para o
grande público.
"A maior parte das pessoas
pouco se importa com o que eu faço com a minha genitália. Procurei
ser o mais honesto possível com os
meus fãs por meio do meu trabalho", afirmou.
Uma pessoa perguntou a quem a
canção "Jesus to a Child", do álbum "Older", era dedicada. Michael afirmou que a compôs para
Anselmo Feleppa, designer brasileiro que morreu de AIDS, com
quem o cantor teria tido um caso.
Ao responder a uma fã que perguntou se Michael ainda gosta de
garotas, o cantor disse: "você não
para de olhar (para mulheres) só
porque decidiu que não vai passar
toda a sua vida com uma. Acho
que as mulheres não me achariam
atraente se eu não me sentisse
atraído por elas".
Apesar de a vida sexual do cantor ter sido a tônica do bate-papo,
muitas outras questões foram tratadas. George Michael falou sobre
sua aversão por turnês, mas disse
que apresentações transmitidas
via Internet não substituiriam a
emoção de um show ao vivo.
Michael afirmou que pensa em
voltar a excursionar para demonstrar sua gratidão pelo apoio que os
fãs têm lhe dado após o escândalo
sexual que protagonizou em abril.
Até mesmo a morte de Lady Di
foi tratada. "Não me sinto bem
em discutir o tema aqui. Muitos
têm usado Lady Di em seu próprio
benefício", comentou.
Michael disse acreditar que a
música tem um futuro promissor
na Internet e que dentro em breve
o grande público deverá poder
comprar músicas via digital, o
que, segundo ele, colocará em risco a existência de lojas de discos.
A política foi enfocada apenas
por alto. Um dos participantes do
chat disse ser de Shangai, China, e
indagou se o cantor pretendia voltar ao país. "Talvez, se eles (as autoridades locais) pararem de fuzilar pessoas por avançarem o sinal
vermelho", disse.
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