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Crítica/"Obrigado por Fumar"
Com roteiro seco como um bom dry martini, "Obrigado" é um grande filme
DE WASHINGTON
Quando "Obrigado por
Fumar" foi finalmente
lançado nos EUA, em
março, o autor do livro que deu
origem ao filme escreveu um
artigo divertido na última página da revista "Time". O título
era auto-explicativo: "Como
conseguir entrar no cinema em
apenas 12 anos". Christopher
Buckley reclamava das idas e
vindas do roteiro até que finalmente chegasse às telas.
Buckley é um dos mais talentosos jornalistas e satiristas políticos norte-americanos. Filho
de William F. Buckley Jr., fundador da bíblia do conservadorismo "National Review", escreveu discursos para Bush pai.
No artigo, ele conclui dizendo
que não gostou do resultado.
Implicância e um pouco de gênero. "Obrigado por Fumar" é
um grande filme.
Com o roteiro seco como um
bom dry martini, mostra sem
afetação e com humor como
trabalha e pensa a "turma da
rua K", como os lobistas são conhecidos em Washington, e seu
relacionamento com a "turma
do Capitólio" -promíscuo, em
que o interesse de poucos prevalece sobre o da maioria.
Jason Reitman, o diretor,
capta o espírito de primeira.
Para tanto, conta com um elenco afiado, capitaneado por Aaron Eckhart. Poucos podem ser
canalhas tão adoráveis quanto
ele consegue em "Obrigado...".
Seu Nick Naylor é um homem sem nenhum caráter mas
muitos recursos de personalidade, o que o torna uma força
da natureza utilizada cada milímetro pela poderosa indústria
do tabaco. Tudo vai bem até
que... Faça um favor a si mesmo, veja o filme.
(SD)
OBRIGADO POR FUMAR
Direção: Jason Reitman
Produção: EUA, 2005
Com: Aaron Eckhart, Katie Holmes
Quando: a partir de hoje, nos cines Reserva Cultural, Villa-Lobos e circuito
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