São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2008

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TELEVISÃO

Crítica

Filmes trazem o homem às voltas consigo mesmo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Apesar das tantas coisas diferentes, "Drugstore Cowboy" (TC Cult, 23h50; não recomendado para menores de 18 anos) e "Rio Vermelho" (TCM, 0h20; classificação indicativa não informada) têm uma surpreendente quantidade de pontos em comum.
Ambas são aventuras do homem às voltas consigo mesmo, com sua alma, antes de qualquer outra coisa. Não importa que no primeiro caso eles enlouqueçam por drogas e, no segundo, por poder: a miragem é o essencial da história.
Há ainda o humor. No filme de Gus Van Sant existe uma leveza essencial na condução da mise-en-scène que culmina em momentos de humor -não importa as tragédias, nem a presença de William Burroughs.
Também há tragédia em "Rio Vermelho", um estouro de boiada inclusive. Nada que impeça um personagem de apostar nas cartas (e perder) metade de sua dentadura. No mais, tanto em Van Sant quanto em Hawks existe uma espécie de recuo, de distância na observação do mundo.

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