São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2011

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Orquestras do Brasil e de Israel se unem hoje

Espetáculo no Theatro de Paulínia traz jovens músicos dos 2 países

Relação musical entre os grupos começou em 2005, quando o regente indiano Zubin Mehta fez turnê brasileira

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Duas orquestras jovens se reúnem hoje em Paulínia, interior de São Paulo, sob a batuta de um dos principais regentes da atualidade. O indiano Zubin Mehta, 75, comanda a apresentação conjunta da Sinfônica de Heliópolis, de São Paulo, e da Orquestra Jovem da Filarmônica de Israel, de Tel Aviv.
Regente titular do Teatro del Maggio Musicale Fiorentino, em Florença (Itália), desde 1985, Mehta é diretor musical da Filarmônica de Israel desde 1977 -cargo transformado em vitalício em 1981.
Foi em uma turnê brasileira da Filarmônica de Israel, em 2005, que ele conheceu o trabalho desenvolvido pelo Instituto Bacarelli na favela paulistana de Heliópolis.
"Eu nunca tinha ouvido falar em Bacarelli e fiquei especialmente impressionado com o músico Adriano Chaves", conta. Chaves toca contrabaixo, o instrumento de Mehta antes de virar regente, e, graças ao incentivo do maestro, ganhou uma bolsa para estudar em Israel.
A relação frutificou. No concerto de hoje, haverá nada menos que sete brasileiros integrando a Orquestra Jovem da Filarmônica de Israel, ligada à Buchmann-Mehta School of Music, parceria entre a Universidade de Tel Aviv e a Filarmônica de Israel. "Alguns músicos da Filarmônica Jovem chegam a participar de ensaios e concertos da orquestra adulta e até tocam nas turnês", diz Mehta.
Entre eles, o violinista paulista Abner Landim, 28, que tocou na Osesp durante três anos e estudou na USP de Ribeirão Preto. "Na USP, eles queriam formar musicólogos", compara Landim.
"Já em Israel, o curso é mais voltado para a área de performance. Também temos as matérias teóricas, mas recebemos muitas aulas de prática orquestral e música de câmara. Para o instrumentista, é muito interessante." O concerto é aberto pela orquestra israelense, que toca "Les Préludes", de Liszt. Em seguida, a sinfônica paulista sobe ao palco para "Romeu e Julieta", de Tchaikovski.
As orquestras se unem na execução da "Sinfonia Fantástica", de Berlioz. "Artisticamente falando, a 'Fantástica' é uma obra que se presta a esse tipo de reunião de orquestras e funciona bem", conta o maestro.
A Orquestra Jovem da Filarmônica de Israel se apresenta domingo às 20h30, na Sala São Paulo, sob a batuta de Zeev Dorman, tendo como solista o célebre violoncelista letão Mischa Maisky, 63. O concerto será repetido em Paulínia, na terça-feira.

SINFÔNICA DE HELIÓPOLIS/ FILARMÔNICA DE ISRAEL
QUANDO hoje, às 20h
ONDE Theatro Municipal de Paulínia (av. Prefeito José Lozano de Araújo, 1.551; tel. 0/xx/19/3933-2140)
QUANTO de R$ 85 a R$ 250


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