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TELEVISÃO
Crítica
Lubitsch retrata "ménage" com humor e leveza
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Quando falamos das ousadias de "Jules e Jim", com uma
mulher vivendo na companhia
de dois homens, esquecemos
seu ilustre precursor de 1933,
"Sócios no Amor" (TCM,
15h55; classificação indicativa
não informada), em que Ernst
Lubitsch e Ben Hecht adaptaram uma peça de Noel Coward.
Ao que se diz, tomaram toda
a liberdade do mundo na história da americana que vive em
Paris, onde dois homens, que
ocupam o mesmo apartamento, Gary Cooper e Fredric
March, um pintor e um escritor, se deixam fascinar por ela.
Sem ser capaz de escolher
com quem ficar, acaba casando
com um sujeito sem graça. Mas
não tem jeito: é ao "ménage à
trois" que estão destinados esses beneficiários da arte de Lubitsch de driblar a censura e
tratar a vida afetiva com uma
liberdade quase sem fim. Até
porque, e diferentemente do
"Jules e Jim" de Truffaut, aqui
a coisa passa longe da tragédia.
De semelhante, os filmes têm a
leveza e a elegância.
Com Lubitsch o humor sorri
e se impõe.
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