São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2008

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TELEVISÃO

Crítica

Lubitsch retrata "ménage" com humor e leveza

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Quando falamos das ousadias de "Jules e Jim", com uma mulher vivendo na companhia de dois homens, esquecemos seu ilustre precursor de 1933, "Sócios no Amor" (TCM, 15h55; classificação indicativa não informada), em que Ernst Lubitsch e Ben Hecht adaptaram uma peça de Noel Coward.
Ao que se diz, tomaram toda a liberdade do mundo na história da americana que vive em Paris, onde dois homens, que ocupam o mesmo apartamento, Gary Cooper e Fredric March, um pintor e um escritor, se deixam fascinar por ela.
Sem ser capaz de escolher com quem ficar, acaba casando com um sujeito sem graça. Mas não tem jeito: é ao "ménage à trois" que estão destinados esses beneficiários da arte de Lubitsch de driblar a censura e tratar a vida afetiva com uma liberdade quase sem fim. Até porque, e diferentemente do "Jules e Jim" de Truffaut, aqui a coisa passa longe da tragédia. De semelhante, os filmes têm a leveza e a elegância.
Com Lubitsch o humor sorri e se impõe.


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