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Herchcovitch acerta em estreia na Rosa Chá
Pela primeira vez sob o comando criativo de Alexandre
Herchcovitch, a Rosa Chá foi
uma das três grifes brasileiras
que se apresentaram na semana de moda de Nova York.
Herchcovitch não se desviou
da linha consagrada da marca.
Enxugou, porém, o barroquismo de seu predecessor, Amir
Slama, dedicando-se mais à arquitetura do que à decoração.
Na imagem geral, ele buscou
uma sensualidade menos ansiosa e mais cool. Os looks com
fitas trançadas em laranja e
amarelo criaram o momento
mais arrebatador do desfile.
A coleção da Rosa Chá foi
bem recebida pela crítica americana. O jornal "WWD" qualificou-a como um "poderoso começo". Herchcovitch mostrou
ainda em Nova York o desfile
de sua própria marca, a Herchcovitch; Alexandre.
Carlos Miele também recebeu comentários positivos na
imprensa. A crítica Suzy Menkes, do "International Herald
Tribune", escreveu que a coleção, "trazia uma carga emocional de roupas que foram tocadas por mãos humanas" -referindo-se às aplicações de metais e "dreadlocks" de tecidos.
Talvez as reiteradas evocações do glamour carioca e da
cultura brasileira de exportação, com as manjadas trilhas
sonoras de samba ou bossa-nova, já estejam se tornando cansativas nas apresentações de
Miele, dando a sensação de que
estamos vendo algo repetido.
Observada com atenção, porém, esta é uma das melhores
coleções do estilista nas últimas temporadas: delicada, sem
grandiloquência, e versátil.
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