São Paulo, terça-feira, 18 de outubro de 2005

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TELEVISÃO

Procuradora pede fim de homofobia na Globo

Divulgação/TV Globo
LOIRA Guta Stresser, Marco Nanini e Marieta Severo em "Grande Família: Justiça", episódio de "A Grande Família" em que Bebel (Stresser) e Agostinho (Pedro Cardoso), separados, vão a tribunal

DANIEL CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA

O Ministério Público Federal deu dez dias para a Globo e a TV Gazeta tirarem do ar quadros dos programas "Zorra Total" e "Sérgio Mallandro", respectivamente, que induziriam à homofobia.
No último dia 10, a procuradora regional dos direitos humanos no Distrito Federal, Lívia Tinôco, encaminhou às duas emissoras recomendação para que elas cessem a veiculação de "quadros que incorram na prática de discriminação por orientação sexual" contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. E pede "compensação" com a abertura de espaço em programas para esses grupos se manifestarem, durante três meses.
Se as emissoras não se manifestarem até dez dias após o recebimento do documento, acatando a recomendação ou se justificando, Tinôco entrará com ação civil pública contra elas, pedindo, via decisão judicial, a suspensão de quadros que tenham ofensas a gays.
Isso afetaria quadro do "Zorra Total" em que um homossexual delicado, Patrick (Rodrigo Fagundes), é sempre ridicularizado por "machões". Mas Patrick é violento. Seu bordão é "Olha a faca!".
A Gazeta confirma ter recebido a recomendação, mas argumenta que "em momento algum assumiu postura discriminatória" e diz que recomendou a Sérgio Mallandro que use o "bom senso".
A Globo diz que ainda não foi notificada. Em audiência pública, defendeu que o "Zorra Total" tem apenas a "pretensão de divertir".

OUTRO CANAL

Troféu Pela primeira vez, a Globo irá disputar três categorias do Prêmio Emmy internacional, que será entregue em 21 de novembro. Ontem, em Cannes (França), foi indicada por melhor minissérie ("Hoje É Dia de Maria"), melhor atriz (Carolina Oliveira) e melhor ator (Douglas Silva, de "Cidade dos Homens"). A Globo já concorreu no Emmy deste ano (em setembro) pela cobertura das eleições americanas de 2004 pelo "Jornal Nacional".

Apito 1 A Globosat não prevê neste ano grandes danos na venda de jogos em "pay-per-view" por causa do escândalo de arbitragem do Campeonato Brasileiro. A repetição de 11 jogos custará ao canal R$ 450 mil. O que é quase nada diante de um negócio de R$ 107 milhões.

Apito 2 A programadora prevê fechar 2005 com a venda de 300 mil pacotes. O maior efeito do escândalo deverá ser em 2006. A Globosat já não prevê mais crescimento nas vendas de "pay-per-view" no próximo ano. Se empatar com 2005, já estará satisfeita.

Vem aí Autor de "Belíssima", Sílvio de Abreu acredita que Reynaldo Gianecchini (que interpretará um borracheiro, com uma pegada cômica) vai surpreender. "Ele está se saindo muito bem", avisa.

Bravo Com quase nada de intervalo comercial na primeira hora e atrações como Sandy e Juliana Paes, o "Fantástico" resistiu à reprise do primeiro "Harry Potter". Deu 31 pontos, contra 23 do SBT.


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