São Paulo, segunda-feira, 18 de outubro de 2010 |
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CRÍTICA DOCUMENTÁRIO Filme estimula deleite visual e debate sobre o mundo das artes
MARCO AURÉLIO CANÔNICO EDITOR DE FOTOGRAFIA "Este filme é a história do que aconteceu quando um cara tentou fazer um documentário sobre mim, só que ele era muito mais interessante do que eu, então agora o filme meio que é sobre ele." A frase, logo no início de "Exit through the Gift Shop", é de Banksy -ou do homem sem face (escondida sob um capuz) que é apresentado como o artista britânico. Ela resume do que trata o filme. Ele tem três temas intercalados: a história do movimento de arte urbana conhecido como "street art", a ascensão de Banksy como estrela e o surgimento de outro artista, o francês Thierry Guetta -o "cara" citado na frase do primeiro parágrafo. Quando se concentra nos dois primeiros temas, o filme ganha em agilidade. Vemos jovens usando grafite, estêncil, adesivos etc. para fazer arte em variados cenários e objetos urbanos, sempre de forma furtiva, não raro fugindo da polícia. A primeira parte é um deleite visual, com obras incríveis e de métodos criativos para executá-las nas ruas. Também mostra como a "street art" foi legitimada principalmente em termos de mercado. O documentário perde em ação e ganha em debate (o que não é necessariamente ruim) quando passa a registrar a transformação de Guetta em artista e a discutir o que seu súbito estrelato diz a respeito do mundo das artes. "Exit through the Gift Shop" parece bastante com o trabalho de Banksy: é interessante, divertido e pop, feito para questionar e chamar a atenção. Mas deixa a dúvida: será apenas uma farsa? EXIT THROUGH THE GIFT SHOP AVALIAÇÃO bom Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Mostra de SP: Pacotes de ingressos já estão à venda Índice | Comunicar Erros |
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