DA REPORTAGEM LOCAL

Quando, em janeiro de 2001, Hug assumir a curadoria da Bienal de São Paulo, Ivo Mesquita, que renunciou ao posto, assume novo cargo no prédio vizinho. Ele será o curador-geral do MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), substituindo o atual titular, Tadeu Chiarelli, que continuará vinculado ao museu, em projetos especiais.
"Tadeu pretende se dedicar mais à carreira acadêmica. Por isso fizemos a proposta ao Ivo", diz Ronaldo Bianchi, superintendente do MAM.
O anúncio do novo curador ocorre na mesma semana em que Milú Villela, presidente do MAM, conseguiu do prefeito Celso Pitta a concessão prioritária do edifício hoje ocupado pela Prodam (Companhia de Processamento de Dados do Município), no parque Ibirapuera. Trata-se de uma construção de Oscar Niemeyer, com 14,5 mil m2.
Ainda não há previsão de mudança, pois é necessário que a Prodam primeiro desocupe o Ibirapuera. Segundo a Folha apurou, a prefeita eleita, Marta Suplicy, pretende ajudar na tarefa.

Mudança
"Dizem que os custos para a mudança alcançariam R$ 50 milhões, mas isso é lobby de funcionários da Prodam, que não querem sair do parque", diz Bianchi.
Com essas decisões, o ano termina com o fim da novela das brigas no Ibirapuera. Edemar Cid Ferreira conseguiu manter a Oca para sua nova entidade, a Associação Brasil + 500; Carlos Bratke fica com um curador de sua confiança e, finalmente, Milú Villela, que saiu da Bienal no mesmo dia em que Mesquita, leva o curador para o seu museu e consegue espaço para ampliá-lo. (FCy)


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