São Paulo, quarta-feira, 18 de novembro de 2009
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CONEXÃO POP O maior festival de dance do país?
THIAGO NEY DA REPORTAGEM LOCAL NO SÁBADO passado aconteceu em Itu (interior de São Paulo) a 120ª edição da XXXPerience, núcleo que fez sua primeira festa -ou rave- em 1996. De certa maneira, a XXXPerience simboliza a trajetória da música eletrônica no Brasil, iniciada nos anos 1990. Se na Europa as raves são montadas desde os anos 1980, ao Brasil elas chegaram realmente a partir de 1995. O brasileiro adotou esse tipo de festa ao ar livre com atraso, mas não com menos dedicação. Até 2006, 2007, pelo menos, sucediam-se raves em São Paulo e no interior do Estado, com intermináveis escalações de DJs e público que não raro batia em 20 mil pessoas. Nos últimos dois anos, a quantidade de raves paulistas diminuiu bastante -será devido a um bom aumento do número de clubes? A XXXPerience é dos poucos núcleos que se mantém em pé. Cresceu, popularizou-se e, mais importante, profissionalizou-se -tanto que é mais apropriado chamar esta 120ª edição de festival e não de rave.  Em uma fazenda em Itu, a XXXPerience montou uma estrutura impressionante. Praça de alimentação, brinquedos, mais de 200 banheiros -além de três tendas e um palco. Reuniu 25 mil pessoas, que desde as 17h30 de sábado espalharam-se para assistir a apresentações (ótimas) de Ellen Allien, M.A.N.D.Y., Gui Boratto e (não tão ótimas) de Dr. Lektroluv, Oliver Huntemann, D-Ramirez, entre vários outros. De festa especializada em trance e trance psicodélico, a XXXPerience diversificou seu line-up, agregando gente de tecno, electro, electro-house, além dos bons novos nomes do electro-rock do Brasil, como Database, Twelves e Killer on the Dancefloor, que tocaram em uma tenda. Às 11h de domingo, quando o Booka Shade -principal atração- iria fechar o evento, uma multidão dançava em frente ao palco principal. Em tempos em que festivais são montados e cancelados de ano em ano e necessitam de grandes empresas para serem realizados, a XXXPerience é, nesse cenário, quase uma anomalia -no bom sentido. Se o cenário de festivais de eletrônica está mudando, o mesmo ocorre com os clubes de São Paulo. Com um sistema de som poderosíssimo, com uma nitidez absurda, o Hot Hot, de Flávia Ceccato (ex-Lov.e) foi inaugurado na semana passada (r. Santo Antonio, 570, Bela Vista). Nesta sexta, o clube recebe o alemão Marcel Dettmann, residente do Berghain, fincado em Berlim e, talvez, o melhor clube do mundo. Digressiva e sinuosa, sua música passa longe da vulgaridade. É Tecno, com maiúscula. Lady Gaga não para. Sua nova canção, "Bad Romance", já tomou rádios e internet. E ganhou um recomendado remix do projeto Hercules & Love Affair. Ouça por aqui: bit.ly/to9y9. thiago.ney@uol.com.br Texto Anterior: Sting encerra evento com hits em "show barulhento" Próximo Texto: Crítica/"The Complete Columbia Album Collection": Caixa com 70 CDs celebra parceria de Miles com Columbia Índice |
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