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DATAGIL
Acordo com MinC prevê coleta de dados específica para a área em 2006
IBGE irá pesquisar o setor cultural
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Cultura, Gilberto
Gil, assinou ontem, no Rio de Janeiro, um Acordo de Cooperação
Técnica com o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) para que, a partir de 2005, sejam produzidas pesquisas sobre o
setor cultural.
No primeiro ano, o instituto
processará dados que já estão em
outras pesquisas suas, como a
Pnad (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios) e a POF
(Pesquisa de Orçamentos Familiares).
"Nós temos produzido um conjunto de informações que tratam
da cultura, mas elas estão dispersas. Agora poderemos ver o setor
dentro da realidade brasileira",
disse o presidente do IBGE,
Eduardo Pereira Nunes.
Segundo ele, em 2006, havendo
recursos, poderá ser feita uma
pesquisa específica para a cultura.
Pereira Nunes e Gilberto Gil defendem essa necessidade escorados nos investimentos que as leis
federais do setor (Rouanet e do
Audiovisual) têm atraído: mais de
R$ 3,5 bilhões entre 1996 e 2003,
segundo dados fornecidos pelo
MinC.
"Esse mapeamento permitirá
um desenho de políticas públicas
no campo da cultura", exaltou Gil,
também apostando no aumento
dos investimentos privados.
"Quem investe sem conhecer seus
públicos, os hábitos, faixa de renda, escolaridade?", questionou o
ministro da Cultura.
O IBGE já começou seu trabalho tentando retratar a cadeia
produtiva do setor. A idéia é expandir a pesquisa para os consumidores e mostrar "qual é o peso
da cultura na estrutura dos orçamentos familiares", segundo
Wasmália Bivar, diretora de pesquisas do instituto.
Ancinav
Sobre a Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual), Gil procurou não se mostrar decepcionado com o adiamento para o ano que vem do envio do projeto ao Congresso. A
reunião do Pleno do Conselho Superior de Cinema, que reúne nove
ministros, foi transferida do dia 9
para ontem e de ontem para o ano
que vem.
"Continuamos nos reunindo
com dirigentes de emissoras de
TV e do setor de radiodifusão para discutir a idéia da forma mais
democrática. Não há mudança de
rumos", afirmou ele, cujo projeto
tem sido bombardeado por alguns cineastas e empresas, como
a TV Globo, que vêem a Ancinav
como autoritária.
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