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Museu Nacional, no Rio, reabre com "Primeira Missa" restaurada
MNBA se moderniza e promove recuperação da fachada, cúpulas e galerias
TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO
Depois de quatro anos de
obras, o Museu Nacional de Belas Artes, no centro do Rio, reabre hoje com duas galerias reformadas, a fachada principal e
as cúpulas recuperadas. O público poderá admirar também a
tela "Primeira Missa no Brasil"
(1861), de Victor Meirelles,
símbolo da tradição artística do
país, que foi restaurada.
O diretor do Departamento
de Museus do Ministério da
Cultura, José do Nascimento
Jr., lança também hoje novo
edital de modernização, com
valor de R$ 2 milhões, que possibilitará terminar a última fase
de recuperação do MNBA.
"Até junho, para o Pan, teremos tudo pronto. É importante
qualificar as instituições culturais e estar com elas em perfeito estado para poder oferecer
uma programação de qualidade
para quem vier visitar o Brasil
no período", afirmou.
O trabalho de recuperação
começou em 2003. Foram gastos R$ 14 milhões, sendo R$ 7
milhões do MinC e os outros
R$ 7 milhões de patrocínio da
Petrobras, BNDES e Caixa Econômica Federal. Na primeira
fase das obras, foi possível aumentar e modernizar a reserva
técnica, que passou de 700 m
para 1.700 m.
"Primeira Missa no Brasil"
A segunda parte do projeto
recuperou a fachada, as cúpulas
e as galerias de Arte Brasileira
Moderna e Contemporânea.
Nessa fase, foram investidos R$
700 mil na restauração de "Primeira Missa no Brasil".
"A tela tem uma importância
simbólica e de qualidade artística que não podíamos perder.
Ela estava em condições precárias. É um ícone, uma imagem
que a gente conhece desde
criança nos livros e que poderá
ser apreciada pelo público numa sala separada", disse.
As cúpulas foram restauradas e servirão de espaço para
exposição de arte contemporânea. Esse é um dos investimentos da terceira e última etapa do
projeto de recuperação do
MNBA, que também vai restaurar as outras três fachadas do
prédio e o telhado. Nesse processo, também será requalificado o laboratório de restauro.
"O museu vai se abrir agora à
arte contemporânea."
Nascimento Jr. vai apresentar o relatório de gestão da política nacional de museus dos últimos quatro anos. "Investimos
R$ 300 milhões, um recorde.
Conseguimos fazer um programa de capacitação, atingindo
mais de 11 mil pessoas e mapeamos os museus brasileiros."
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