São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

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Museu Nacional, no Rio, reabre com "Primeira Missa" restaurada

MNBA se moderniza e promove recuperação da fachada, cúpulas e galerias

TALITA FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DO RIO

Depois de quatro anos de obras, o Museu Nacional de Belas Artes, no centro do Rio, reabre hoje com duas galerias reformadas, a fachada principal e as cúpulas recuperadas. O público poderá admirar também a tela "Primeira Missa no Brasil" (1861), de Victor Meirelles, símbolo da tradição artística do país, que foi restaurada.
O diretor do Departamento de Museus do Ministério da Cultura, José do Nascimento Jr., lança também hoje novo edital de modernização, com valor de R$ 2 milhões, que possibilitará terminar a última fase de recuperação do MNBA.
"Até junho, para o Pan, teremos tudo pronto. É importante qualificar as instituições culturais e estar com elas em perfeito estado para poder oferecer uma programação de qualidade para quem vier visitar o Brasil no período", afirmou.
O trabalho de recuperação começou em 2003. Foram gastos R$ 14 milhões, sendo R$ 7 milhões do MinC e os outros R$ 7 milhões de patrocínio da Petrobras, BNDES e Caixa Econômica Federal. Na primeira fase das obras, foi possível aumentar e modernizar a reserva técnica, que passou de 700 m para 1.700 m.

"Primeira Missa no Brasil"
A segunda parte do projeto recuperou a fachada, as cúpulas e as galerias de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea. Nessa fase, foram investidos R$ 700 mil na restauração de "Primeira Missa no Brasil".
"A tela tem uma importância simbólica e de qualidade artística que não podíamos perder. Ela estava em condições precárias. É um ícone, uma imagem que a gente conhece desde criança nos livros e que poderá ser apreciada pelo público numa sala separada", disse.
As cúpulas foram restauradas e servirão de espaço para exposição de arte contemporânea. Esse é um dos investimentos da terceira e última etapa do projeto de recuperação do MNBA, que também vai restaurar as outras três fachadas do prédio e o telhado. Nesse processo, também será requalificado o laboratório de restauro.
"O museu vai se abrir agora à arte contemporânea."
Nascimento Jr. vai apresentar o relatório de gestão da política nacional de museus dos últimos quatro anos. "Investimos R$ 300 milhões, um recorde. Conseguimos fazer um programa de capacitação, atingindo mais de 11 mil pessoas e mapeamos os museus brasileiros."


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