São Paulo, sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

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Por que não ser mais acessível?, diz Reinaldo

Um dos nomes da moda de luxo no Brasil, Reinaldo Lourenço faz roupas requintadas e bastante caras. Exigente e perfeccionista, ele seria, a princípio, o designer com menor probabilidade de se adaptar às demandas de produção maciça e barata da C&A.
No entanto o milagre ocorreu. Não só uma, mas duas vezes, devido ao sucesso da primeira coleção que ele desenhou para a empresa. "A segunda coleção foi ainda mais bem sucedida nas lojas, alguns produtos esgotaram no mesmo dia", revela o estilista.
"De uma para outra coleção, eu mesmo aprendi a fazer melhor, seguindo o modelo de produção que eles me propuseram", afirma. "Foi de fato um aprendizado de como fazer uma roupa mais democrática."

Mais barato e veloz
Reinaldo conta que a experiência com as coleções para a C&A acabaram se refletindo no processo de trabalho de sua própria grife. "Comecei a pensar de maneira diferente, sobretudo a respeito de custos. Aprendi a cortar alguns gastos, se eu consigo obter o mesmo efeito com materiais menos onerosos. Por que não posso fazer uma roupa mais acessível?", pergunta o estilista.
Ele também afirma que passou a se preocupar mais com a velocidade de produção de suas coleções, após a experiência no fast fashion da C&A. "Eu costuma fazer tudo lentamente, porque trabalho muito com recursos artesanais."
Para Reinaldo, a moda no Brasil precisa aprender a "comunicar com mais gente". "Para mim, foi uma realização pessoal poder passar minhas ideias de moda para a massa", diz.


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