especial para a Folha

Gangsta rapper que se preze usa revólver na cintura. Com dentes e relógios de ouro, eles desafiam seus inimigos com letras de músicas. Essa pregação pouco recomendável tornou alguns rappers milionários (Snoop Doggy Dogg, Dr. Dre) e outros vítimas de sua própria arrogância (2Pac, Notorious B.I.G.). Mas um livro lançado recentemente nos EUA mostra que poucos artistas desse gênero realmente levavam esse estilo de vida.
Na verdade, ele era apenas o retrato de uma pessoa: Suge Knight, dono da Death Row Records, criada em 96, atualmente preso por uma série de negócios escusos.
"Have a Gun Will Travel the Spectacular Rise and Violent Fall Of Death Row Records", escrito pelo jornalista Ronin Ro, mostra o lado mais violento do gangsta rap.
Suge Knight comandou atitudes que causariam uma ponta de inveja em Mario Puzo o escritor que contou as atrocidades da Máfia em "O Poderoso Chefão".
O livro conta, por exemplo, como dois convidados de Knight foram despidos e surrados por terem dado um telefonema sem pedir.
Ronin Ro nem teve tempo de saborear o sucesso de "Have A Gun Will Travel". "Foi difícil de escrever, eu tive calafrios", relata Ro para a revista inglesa "Loaded". "Eu temo pela minha mulher e meu filho, mas se algum desses caras quiser me matar, eu vou levar alguém comigo". Em tempo: Suge Knight está apelando na corte americana uma redução para sua pena de nove anos de prisão. (SM)
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