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DOCUMENTÁRIO
Hip hop se alarga da periferia ao centro
THIAGO NEY
DA REDAÇÃO
O rap, gênero que mais inova e
atrai ouvidos hoje em dia na música jovem, está em todo lugar. Na
MTV, com os vídeos do Outkast,
nas rádios, com as rimas do paulistano Xis, em clubes da moda e
nos shows com preços "elitizados" do festival Hip Hop Manifesta, ocorrido semana passada no
Rio e em Florianópolis. Nesse
sentido, "A Periferia Segundo o
Hip Hop", especial da Rede SescSenac, é bem oportuno: nos lembra onde esse negócio começou.
O programa pretende mostrar
como o hip hop -movimento
cultural que envolve, além do rap,
elementos de dança e grafite-
atua e influencia a vida dos habitantes dos bairros da periferia de
São Paulo. Coisa de que nem todos que moram além de locais como Jardim Ângela, Vila Brasilândia e Guaianases têm conhecimento. O hip hop é, imperativamente para artistas e seu público,
um engajamento social.
Na Casa do Hip Hop de Diadema, em meio a aprendizes de grafiteiros e b-boys (os dançarinos),
Thaíde explica o que é a letra no
universo do rap: "Rima sincopada, matemática precisa".
Já na Cidade Tiradentes, bairro
do extremo leste da capital, os
moradores reclamam da falta de
hospitais, da violência e do descaso. E corta para uma reunião da
Posse Aliança Negra, ONG criada
por gente ligada a grupos de rap
que oferece, entre outras coisas,
curso de alfabetização de adultos.
Em outra ponta de SP, no Capão
Redondo, o escritor Ferréz e a
banda Z'Africa Brasil afirmam a
necessidade de uma "revolução".
O programa sabiamente alarga
seu alcance. Vai até o centro, às
Grandes Galerias, verdadeiro
ponto de encontro dos que fazem
o hip hop. E vai também a um
show de Thaíde no Sesc Pompéia,
assistido por um público da Vila
Madalena, Morumbi, Pinheiros...
"A Periferia" foi produzido há
alguns anos, por isso a inclusão de
imagens e depoimentos de detentos da extinta Casa de Detenção.
A PERIFERIA SEGUNDO O HIP HOP.
Quando: hoje, às 23h, na Rede
SescSenac.
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