São Paulo, quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

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BEBIDA

Grapa emblemática chega ao Brasil

RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Produzida na Itália desde o século 12, mas considerada historicamente uma bebida de qualidade inferior, a grapa começou a ser reconhecida internacionalmente há cerca de 20 anos devido a melhorias realizadas na produção e no engarrafamento. Somente agora, no entanto, os brasileiros podem provar os produtos da destilaria que iniciou essa transformação.
Fundada em 1897, a Nonino é referência em grapa -bebida de alto teor alcoólico destilada a partir do bagaço fermentado da uva, geralmente tomada como digestivo após a refeição ou misturada ao café.
De acordo com Rodrigo Mainardi, gerente de marketing da importadora Mistral (r. Rocha, 288, tel. 0/xx/ 11/3372-3400), que traz a marca ao Brasil, seu diferencial é a matéria-prima. "Eles pegam bagaços de qualidade ainda frescos, logo após a uva ser usada para fazer vinho, e ainda destilam cada tipo de uva separadamente", diz.
Entre os seis produtos comercializados aqui, as varietais Monovitigno Moscato e Monovitigno Chardonnay (US$ 59,90 -cerca de R$ 135- a garrafa de 700 ml) são uma boa introdução à bebida. "Como têm aroma mais frutado, são mais fáceis de apreciar", diz Renato Frascino, consultor de vinhos e destilados.
Outras novidades são a Cru Monovitigno Picolit (feita com uva picolit, US$ 199, 500 ml), a Single Grapes (blend de cinco grappe varietais, US$ 53,50; 700 ml) e a Tradizione Nonino (em que uvas diferentes são vinificadas juntas, US$ 44,50 o litro). Já a Antica Cuvée (US$ 89,50; 700 ml) é produzida com uma mistura de cepas que estagiam de um a 18 anos em carvalho francês. "Esta acompanha muito bem charutos, café e chocolate amargo", afirma Frascino.
Uma alternativa mais barata às originais italianas são as grappe produzidas por vinícolas instaladas no Rio Grande do Sul, como Miolo e Casa Valduga. Vendidas geralmente em garrafas menores, com cerca de 200 ml, seus preços dificilmente ultrapassam R$ 25.


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