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BEBIDA
Grapa emblemática chega ao Brasil
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Produzida na Itália desde o
século 12, mas considerada historicamente uma bebida de
qualidade inferior, a grapa começou a ser reconhecida internacionalmente há cerca de 20
anos devido a melhorias realizadas na produção e no engarrafamento. Somente agora, no
entanto, os brasileiros podem
provar os produtos da destilaria que iniciou essa transformação.
Fundada em 1897, a Nonino é
referência em grapa -bebida
de alto teor alcoólico destilada
a partir do bagaço fermentado
da uva, geralmente tomada como digestivo após a refeição ou
misturada ao café.
De acordo com Rodrigo Mainardi, gerente de marketing da
importadora Mistral (r. Rocha,
288, tel. 0/xx/ 11/3372-3400),
que traz a marca ao Brasil, seu
diferencial é a matéria-prima.
"Eles pegam bagaços de qualidade ainda frescos, logo após a
uva ser usada para fazer vinho,
e ainda destilam cada tipo de
uva separadamente", diz.
Entre os seis produtos comercializados aqui, as varietais
Monovitigno Moscato e Monovitigno Chardonnay (US$
59,90 -cerca de R$ 135- a
garrafa de 700 ml) são uma
boa introdução à bebida. "Como têm aroma mais frutado,
são mais fáceis de apreciar",
diz Renato Frascino, consultor
de vinhos e destilados.
Outras novidades são a Cru
Monovitigno Picolit (feita com
uva picolit, US$ 199, 500 ml), a
Single Grapes (blend de cinco
grappe varietais, US$ 53,50;
700 ml) e a Tradizione Nonino
(em que uvas diferentes são vinificadas juntas, US$ 44,50 o litro). Já a Antica Cuvée (US$
89,50; 700 ml) é produzida
com uma mistura de cepas que
estagiam de um a 18 anos em
carvalho francês. "Esta acompanha muito bem charutos,
café e chocolate amargo", afirma Frascino.
Uma alternativa mais barata
às originais italianas são as
grappe produzidas por vinícolas instaladas no Rio Grande
do Sul, como Miolo e Casa Valduga. Vendidas geralmente
em garrafas menores, com cerca de 200 ml, seus preços dificilmente ultrapassam R$ 25.
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