Robert Knepper diz que bandidos precisam de charme e quer nova temporada

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Um vilão rock'n'roll. Assim se define o ator Robert Knepper, 50, ao encarnar Samuel, um mutante com o poder de mover os elementos, causando terremotos ou manipulando tinta para desenhar o futuro nas costas de uma de suas seguidoras no seriado "Heroes".
Samuel dirige um grupo de circo itinerante e se fortalece com mais habilidades por perto. "Eu me inspirei em Keith Richards [dos Rolling Stones] para criá-lo. Não se pode interpretar um bandido como um bandido. Precisa ter charme, como um astro do rock."
Hoje vai ao ar a segunda metade da estreia da quarta temporada. Os personagens se questionam se podem mudar de vida -e se deveriam tentar.
"Eles vão procurar a redenção, mas talvez os roteiristas precisem de uma outra temporada para responder se vão encontrar", diz ele, em entrevista à América Latina pelo celular, enquanto chega aos estúdios da Universal para regravar algumas falas. Eles já terminaram de filmar a temporada e negociam uma nova leva de episódios a ser rodada em junho.
"Heroes" troca de malvados todo ano. "Sylar [vivido por Zachary Quinto] era o que sempre continuava. Agora ele tem um bom oponente", diz. "As brigas são interessantes. Posso criar um terremoto se me irritar. É uma diversão escapista." Samuel vai se confrontar com outros heróis do seriado.
Mas vai morrer? "Você me odiaria se eu contasse isso. E os produtores me matariam de verdade. Só posso dizer que acontecem coisas de roer as unhas."
Knepper torce para que a série sobreviva, mas não sabe se com ele: "Não manteria o personagem se ele ficasse chato. Vamos ver". Diferentemente de "Heroes", Knepper tem os pés no chão.