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Teatro Popular do Sesi vai ficar fechado até junho para reformas
VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Acabaram as concorridas filas
no Teatro Popular do Sesi (TPS).
Pelo menos até junho.
O espaço da av. Paulista que oferece atrações gratuitas de teatro,
dança e músicas popular e erudita
(18 mil espectadores por mês)
passa todo o primeiro semestre
fechado para reforma.
A medida traz alterações na
agenda em 2004. O Panorama Sesi de Dança, por exemplo, que
costuma abrir a programação no
final de fevereiro, teve a terceira
edição transferida para agosto.
Do mesmo modo, retornam no
segundo semestre eventos como
Terças Musicais, Música em Cena
(domingos) e espetáculos teatrais
adulto e infanto-juvenil (de quarta a domingo, sessões para escolas
e para o público em geral).
A reforma estimulou a organização do TPS a criar uma alternativa literal para o seu público de
teatro, enquanto junho não vem:
o mezanino do Centro Cultural
Fiesp (conjunto arquitetônico ao
qual está inserido) será adaptado
para uma sala alternativa com até
cem lugares.
O espaço abrirá em 25 de março, com a montagem do drama
"O Nome", do norueguês Jon
Fosse, 44, com direção de Denise
Weinberg (premiada atriz que
pertenceu ao grupo Tapa) e elenco do Núcleo Experimental do
TPS.
A sala será mantida mesmo depois da reforma. No segundo semestre, quem assina a próxima
produção local é Georgette Fadel,
atriz ligada à cia. São Jorge de Variedades ("As Bastianas").
A reabertura do Popular do Sesi, no dia 4 de junho, marcará a estréia da montagem adulta "O Que
Leva Bofetadas", tragicomédia do russo Leonid Andreiev (1871-1919), com direção de Antônio
Abujamra, o mesmo de "Mephistópheles", cartaz da casa em 2003.
Atualizações tecnológicas
Segundo a diretora da área de
cultura do Serviço Social da Indústria (Sesi-SP), Tereza Cristina
Grell, 53, a reforma do teatro começou no dia 2 de janeiro e prosseguirá até início de maio.
"Faremos atualizações tecnológicas no que diz respeito ao palco,
com equipamentos de luz e som,
ao conforto da platéia e a itens de
segurança", afirma Grell. A obra
está orçada em cerca de R$ 2,5 milhões.
O TPS ganhou sede no número
1.313 da av. Paulista há 27 anos,
mas, enquanto companhia, suas
atividades remetem a 1963.
Entre seus fundadores, está o diretor Osmar Rodrigues Cruz, 79,
cujo nome batiza a sala do Teatro
Popular do Sesi.
Cruz assinou 37 produções entre 1963 e 1992, como o musical
"Noel Rosa - O Poeta da Vila e
Seus Amores", encenado em 1977
-texto que pediu a Plínio Marcos (1935-99).
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