São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

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Teatro Popular do Sesi vai ficar fechado até junho para reformas

VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Acabaram as concorridas filas no Teatro Popular do Sesi (TPS). Pelo menos até junho.
O espaço da av. Paulista que oferece atrações gratuitas de teatro, dança e músicas popular e erudita (18 mil espectadores por mês) passa todo o primeiro semestre fechado para reforma.
A medida traz alterações na agenda em 2004. O Panorama Sesi de Dança, por exemplo, que costuma abrir a programação no final de fevereiro, teve a terceira edição transferida para agosto.
Do mesmo modo, retornam no segundo semestre eventos como Terças Musicais, Música em Cena (domingos) e espetáculos teatrais adulto e infanto-juvenil (de quarta a domingo, sessões para escolas e para o público em geral).
A reforma estimulou a organização do TPS a criar uma alternativa literal para o seu público de teatro, enquanto junho não vem: o mezanino do Centro Cultural Fiesp (conjunto arquitetônico ao qual está inserido) será adaptado para uma sala alternativa com até cem lugares.
O espaço abrirá em 25 de março, com a montagem do drama "O Nome", do norueguês Jon Fosse, 44, com direção de Denise Weinberg (premiada atriz que pertenceu ao grupo Tapa) e elenco do Núcleo Experimental do TPS.
A sala será mantida mesmo depois da reforma. No segundo semestre, quem assina a próxima produção local é Georgette Fadel, atriz ligada à cia. São Jorge de Variedades ("As Bastianas").
A reabertura do Popular do Sesi, no dia 4 de junho, marcará a estréia da montagem adulta "O Que Leva Bofetadas", tragicomédia do russo Leonid Andreiev (1871-1919), com direção de Antônio Abujamra, o mesmo de "Mephistópheles", cartaz da casa em 2003.

Atualizações tecnológicas
Segundo a diretora da área de cultura do Serviço Social da Indústria (Sesi-SP), Tereza Cristina Grell, 53, a reforma do teatro começou no dia 2 de janeiro e prosseguirá até início de maio.
"Faremos atualizações tecnológicas no que diz respeito ao palco, com equipamentos de luz e som, ao conforto da platéia e a itens de segurança", afirma Grell. A obra está orçada em cerca de R$ 2,5 milhões.
O TPS ganhou sede no número 1.313 da av. Paulista há 27 anos, mas, enquanto companhia, suas atividades remetem a 1963.
Entre seus fundadores, está o diretor Osmar Rodrigues Cruz, 79, cujo nome batiza a sala do Teatro Popular do Sesi.
Cruz assinou 37 produções entre 1963 e 1992, como o musical "Noel Rosa - O Poeta da Vila e Seus Amores", encenado em 1977 -texto que pediu a Plínio Marcos (1935-99).

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