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Cirque du Soleil volta a SP com show "Quidam"
Espetáculo é o terceiro a chegar à cidade, depois de "Saltimbanco" e "Alegría"
Sem contar com recursos de incentivos fiscais, como na primeira turnê, diretor diz que desafio é manter frescor e nível das apresentações
RODRIGO RUSSO
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de passar por sete cidades, em sua maior turnê brasileira, o Cirque du Soleil -referência nos mundos do circo e
dos negócios- estreia hoje em
São Paulo o espetáculo "Quidam" (que em latim pode significar anônimo transeunte).
Com ingressos entre R$ 190 e
R$ 530, por quais razões o espectador deve preferir a temporada no parque Villa-Lobos
ao gasto de R$ 35 em um DVD
do espetáculo?
Para Sean McKeown, diretor
artístico de "Quidam", "nada
substitui a experiência de vê-lo
ao vivo. Você pode até mesmo
ver quase todos os atos do show
pelo YouTube, de graça, mas
não terá a troca de sentimentos
entre a plateia e os artistas, parte vital de uma apresentação".
Ele segue: "É como ver um
clipe da Madonna na MTV e assistir à sua apresentação ao vivo. Você não deixa de ir ao show
dela, mesmo que a veja na TV,
porque é algo incrível, há todas
as sensações envolvidas".
Trabalhando há três anos e
meio no mesmo espetáculo,
McKeown diz que nunca fica
entediado com seu cargo, e que
pequenas novidades introduzidas nas apresentações são essenciais para quebrar a rotina.
Catorze anos
"Quidam" foi apresentado
pela primeira vez em 1996, no
Canadá, e faz parte das produções itinerantes do Cirque du
Soleil. Com foco na imaginação
e nos sonhos da garota Zoë, ignorada pelos pais, sucedem-se
os números de precisão que caracterizam os espetáculos da
companhia canadense.
Mas, se o espetáculo já tem
quase 14 anos, quais são as
principais tarefas de seu diretor artístico? "Basicamente, tenho duas preocupações. A primeira é com as questões técnicas e operacionais, fazer tudo
funcionar corretamente. A segunda, mais difícil, é motivar
meus 52 artistas para que mantenhamos o frescor e o alto nível das apresentações", resume
McKeown, que considera "Quidam" uma das melhores criações da trupe.
Sem Rouanet
Após a polêmica permissão
do Ministério da Cultura para
que os responsáveis por "Saltimbanco", primeira turnê brasileira do Cirque du Soleil, captassem R$ 9,4 milhões em patrocínio, via Lei Rouanet, em
2006, os espetáculos "Alegría"
e "Quidam" não envolveram
quaisquer tipos de incentivos
fiscais para as montagens.
Em uma comparação com os
espetáculos anteriores,
McKeown vê "Quidam" como
mais teatral e com mais números aéreos (o grupo trouxe plataformas presas na parte de cima da lona), além de contar
com música ao vivo.
Embora não haja confirmação, o diretor diz que há negociações para nova montagem
no Brasil, a ser feita nos próximos dois anos.
CIRQUE DU SOLEIL -
QUIDAM
Onde: Parque Villa-Lobos (acesso
pela Avenida Queiroz Filho, s/nº)
Quando : estreia hoje, às 21h; até 28/3
(com possível prorrogação até 11/4)
Quanto: R$ 190 a R$ 530; estacionamento a R$ 20
Classificação: menores de 13 anos
acompanhados dos pais ou responsáveis legais
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