|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Curitiba promove diálogos de teatro, circo e dança
Com 21 espetáculos na mostra oficial e 251 atrações na alternativa, 17ª edição do festival começa amanhã
Festival relembra sua primeira edição há 17 anos com presença dos diretores Gerald Thomas e Gabriel Villela, que dirige "Salmo 91"
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir deste ano, sem a palavra "teatro" em sua razão publicitária, o 17º Festival de Curitiba quer ampliar o guarda-chuva sobre as artes cênicas,
como se verá na mostra oficial,
de amanhã a 30 de março.
Há hibridismos como dança-teatro ou circo-teatro entre os
21 espetáculos. Casos da Cia.
Débora Colker, que pré-estréia
"Cruel", movimentos em torno
de narrativas cômica e trágica,
e a Intrépida Trupe, com o seu
"Metegol" (2006), metáfora do
jogo de pebolim como metáfora
da paixão pelo futebol.
A única atração internacional também é uma coreografia
contemporânea de dança-teatro, "Júpiter: A Conquista da
Galáxia", da Cia. Condors, assinada por Ryohei Kondo, que
satiriza a cultura pop japonesa.
No plano propriamente do
teatro que lhe deu origem, em
1992, e transformou a capital
paranaense em importante
corredor cultural, o Festival de
Curitiba volta ao início com as
presenças emblemáticas de Gerald Thomas e Gabriel Villela.
Os diretores participaram da
primeira edição, quando o atual
diretor-geral do evento, Leandro Knopfholz, tinha 18 anos,
então co-idealizador do sonho
materializado, já na gênese, na
estrutura arquitetônica circular da Ópera de Arame, erguida
numa pedreira desativada.
Thomas e a Cia. de Ópera Seca apresentam programa com
suas peças recentes, na mesma
noite: "Terra em Trânsito" e
"Rainha Mentira/Queen Liar".
Villela, "Salmo 91", a adaptação
de Dib Carneiro Neto para "Carandiru", de Drauzio Varella.
Musical
O único representante do gênero musical é "Beatles - Num
Céu de Diamantes", do Rio. A
dupla Charles Möeller e Claudio Botelho entrelaça as canções inglesas, não-traduzidas,
em roteiro que pretende dar
conta da trajetória do quarteto
de Liverpool. O espetáculo é
anunciado como "estréia", mas
não é; fez temporada carioca.
Também são acolhidos projetos artísticos nascidos no Paraná e que se auto-exilaram em
outros Estados, como a Armazém Cia. de Teatro, de Londrina, radicada no Rio, que leva
"Mãe Coragem e Seus Filhos",
de Brecht.
A Cia. Os Satyros, que também tem histórico de manutenção de espaço em Curitiba,
apresenta sua versão para o
clássico "Vestido de Noiva", de
Nelson Rodrigues, com Norma
Bengell à frente do elenco. O
grupo faz ainda residência que
culmina com a intervenção "A
Fauna" na periferia da cidade.
"Aqueles Dois", com a Cia.
Luna Lunera, de Belo Horizonte, é exemplar de coletivos dedicados a experimentos, incomum na grade oficial. Recria
conto homônimo de Caio Fernando Abreu. A mostra paralela atrai artistas de várias regiões do Brasil. São estimadas
251 atrações neste ano, entre
rua, palco e espaço alternativo.
O orçamento do festival é de R$
2,8 milhões.
(VALMIR SANTOS)
17º Festival de Curitiba
Quando: de amanhã a 30/3
Quanto: R$ 30 (Mostra Oficial) e de entrada franca a R$ 30 (Fringe, mostra paralela). Bilheteria central no Park Shopping Barigüi (r. Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, tel. 0/xx/11/4003-4138). Seg. a sex., das 11h às 23h; sáb., das 10h às 22h; e dom., das 14h às 20h. Também à venda em quiosques do Barra Shopping (Rio), do shopping Morumbi (São Paulo) ou pelo site Ingresso Rápido (www.ingressorapido.com.br). Mais informações em www.festivaldecuritiba.com.br
Texto Anterior: Atriz se destaca em minissérie Próximo Texto: Marcos Barbosa exibe duas peças Índice
|