DA REPORTAGEM LOCAL

Salvador e Blumenau comparecem à primeira noite do Festival de Curitiba, amanhã, com artistas conhecidos pela militância da cultura de teatro em suas cidades.
Da Bahia, a autora Aninha Franco, a diretora Nadja Turenko e a atriz Rita Assemany levam "Três Mulheres e Aparecida" (2000). No monólogo, a mendiga Aparecida (alusão à padroeira) costura a trajetória da índia tupinambá Jacapu Coema, da prostituta portuguesa Maria Pureza e da escrava angolana Luedji.
O eixo é o processo histórico de colonização sob o ponto de vista feminino. O palco do Sesc da Esquina será ocupado por tonéis de lixo que evocam, cenograficamente, os universos tupi, africano e português.
De Santa Catarina, a Cia. Carona de Teatro, projetada na mostra paralela em 2002 com "Os Camaradas", retorna com "Volúpia", na grade principal.
Personagens guiados pela sexualidade pisam o terreno das incertezas, entre liberdades e prisões na relação com o outro e consigo. O escritor Gregory Haertel foi convidado a transformar a pesquisa do grupo em dramaturgia. O sexteto de atores é dirigido por Pepe Sedrez.
Entre suas referências, constam livros sobre filosofia e cinema -os filmes "Cega Obsessão", de Yasuzo Masumura, e "Duplo Suicídio em Amijima", de Masahiro Shinoda. (VS)


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