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Rede Cinemark quer limitar a venda de meia-entrada no país
Executivo do grupo defende percentual para a venda de ingressos com benefício
DA REPORTAGEM LOCAL
A rede norte-americana Cinemark, líder no mercado de
cinemas no país (322 salas em
22 cidades), quer que o Brasil
estipule um limite para a venda
de ingressos com meia-entrada
no setor de entretenimento.
Atualmente, a Cinemark e
outras cadeias exibidoras estão
em campanha para coibir o uso
de carteirinhas irregulares de
estudantes nos cinemas.
Segundo os exibidores, 70%
dos ingressos vendidos atualmente nas salas contam com o
benefício da meia-entrada.
"Não podemos mais tapar o
sol com a peneira. Esse é um
problema [a venda massificada
de ingressos com direito à
meia-entrada] de todo o setor
do entretenimento. O Brasil
nunca terá uma indústria de
entretenimento madura se não
resolvê-lo", afirma Valmir Fernandes, presidente da Cinemark Internacional.
O executivo diz que, ao propor a adoção de um percentual
reservado à venda de ingressos
a estudantes, ele não está "brigando contra a lei da meia-entrada, mas para criar condições
de o empresário do entretenimento precificar o seu evento".
O alto índice de vendas com
meia-entrada faz com que, para
evitar eventuais prejuízos, empresários, não apenas do cinema, mas também de teatro,
shows e eventos esportivos determinem um preço "cheio", ou
seja, da inteira, mais alto do que
poderia ser, na avaliação de
Fernandes. "Todo mundo joga
no pior caso -estima número
de estudantes muito alto", diz.
O presidente da Cinemark
Internacional comanda os negócios da rede em 13 territórios
no mundo. Ele falou à Folha,
por telefone, da China. "Nos
países em que atuo, não há nenhum precedente deste tipo de
imposição ao exibidor."
A meia-entrada é garantida
por leis municipais e estaduais.
(SILVANA ARANTES)
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