São Paulo, quinta-feira, 19 de abril de 2007

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Rede Cinemark quer limitar a venda de meia-entrada no país

Executivo do grupo defende percentual para a venda de ingressos com benefício

DA REPORTAGEM LOCAL

A rede norte-americana Cinemark, líder no mercado de cinemas no país (322 salas em 22 cidades), quer que o Brasil estipule um limite para a venda de ingressos com meia-entrada no setor de entretenimento.
Atualmente, a Cinemark e outras cadeias exibidoras estão em campanha para coibir o uso de carteirinhas irregulares de estudantes nos cinemas.
Segundo os exibidores, 70% dos ingressos vendidos atualmente nas salas contam com o benefício da meia-entrada.
"Não podemos mais tapar o sol com a peneira. Esse é um problema [a venda massificada de ingressos com direito à meia-entrada] de todo o setor do entretenimento. O Brasil nunca terá uma indústria de entretenimento madura se não resolvê-lo", afirma Valmir Fernandes, presidente da Cinemark Internacional.
O executivo diz que, ao propor a adoção de um percentual reservado à venda de ingressos a estudantes, ele não está "brigando contra a lei da meia-entrada, mas para criar condições de o empresário do entretenimento precificar o seu evento".
O alto índice de vendas com meia-entrada faz com que, para evitar eventuais prejuízos, empresários, não apenas do cinema, mas também de teatro, shows e eventos esportivos determinem um preço "cheio", ou seja, da inteira, mais alto do que poderia ser, na avaliação de Fernandes. "Todo mundo joga no pior caso -estima número de estudantes muito alto", diz.
O presidente da Cinemark Internacional comanda os negócios da rede em 13 territórios no mundo. Ele falou à Folha, por telefone, da China. "Nos países em que atuo, não há nenhum precedente deste tipo de imposição ao exibidor."
A meia-entrada é garantida por leis municipais e estaduais. (SILVANA ARANTES)


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