São Paulo, segunda-feira, 19 de abril de 2010

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Crítica

Demme faz retrato preciso de pessoas

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"O Casamento de Rachel" (HBO2, 19h55; 16 anos) está longe de ser, apenas, uma bela atuação de Anne Hathaway, que na verdade não faz, na história, o papel de Rachel, mas o de Kym.
Rachel é a irmã que vai se casar. Kym é a que chega de uma casa de reabilitação para drogados, a fim de participar da cerimônia.
E participar, no caso, é uma palavra ambígua, cheia de reentrâncias. Participar envolve o risco de, a cada instante, pôr tudo a perder.
"O Casamento de Rachel" é um pequeno filme bem material, no sentido em que se aproxima das coisas de que trata em nível documental -é admirável, por exemplo, a cena dos discursos familiares-, produzindo a partir do trivial essa forte sensação de estranheza que costuma marcar a intimidade forçada de dois clãs nesses momentos da vida.
Mais do que tudo, Jonathan Demme fez aqui um retrato preciso, não ideológico e sem concessões, de pessoas dependentes. A ênfase, no caso, foi para "pessoas".


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