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Crítica/"Passione"
Trama folhetinesca e elenco de estrelas despertam público em estreia
ROBERTO DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O grande desafio de Silvio de
Abreu, depois do marasmo de
"Viver a Vida", é mais que dar
um tapa na audiência, que anda
adormecida: é mantê-la acordada e interessada ao longo de
sua nova novela, "Passione".
O primeiro capítulo, anteontem, trouxe um ritmo quase cinematográfico, dividido entre
uma Itália bucólica e uma São
Paulo frenética. Está claro que
há, ali, uma boa trama a ser trabalhada. Para dar suporte à história declaradamente folhetinesca, um elenco invejável.
Fernanda Montenegro (ela
de novo) dominou a estreia.
Sua Bete traz o desespero de
uma mãe à procura do filho Totó (Tony Ramos), que ela dava
por morto. A saga da mãe coragem será o fio condutor.
O dramalhão é amenizado
por personagens cômicos como
Clô (Irene Ravache), emergente paulistana, que cita regras de
etiquetas de Danuza Leão para
reprimir o marido novo rico.
Agora como vilão, Reynaldo
Gianecchini (Fred) contracena
com Mariana Ximenes (Clara),
dupla que lembra o casal Laura,
"a cachorra" (Cláudia Abreu) e
Marcos, "o michê" (Márcio
Garcia), de "Celebridade", de
Gilberto Braga. Fred e Clara
vão dar um bote em Totó, herdeiro de uma metalúrgica. Parece que Mariana aprendeu
muito com a Flora cruel de Patrícia Pillar, de "A Favorita".
A grande cartada é o thriller,
com um assassinato, garantindo um "turning point" para
acelerar a reta final. O autor deve repetir o recurso de colocar o
público atrás do homicida, como em "A Próxima Vítima".
Esse desfecho será a arma
que Abreu deve sacar para
manter o público de mãos atadas e olhos grudados na tela.
PASSIONE
Quando: de seg. a sáb., às 20h45, na TV
Globo
Classificação: 12 anos
Avaliação: bom
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