São Paulo, quinta-feira, 19 de maio de 2011

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CRÍTICA

Documentário não vai fundo no lado meditativo do cineasta

TEREZA NOVAES
EDITORA-ADJUNTA DA ILUSTRADA

É surpreendente ouvir o cineasta David Lynch, criador de imagens perturbadoras, misteriosas e, por vezes, sinistras, palestrar sobre meditação transcendental. "A alegria é nossa natureza. O indivíduo é o cosmo", prega um afável Lynch.
Variações desse discurso meio riponga, cheio de positividade e totalmente evangelizador marcaram sua passagem pelo Brasil em 2008. O documentário "Transcendendo Lynch" é o registro dessa visita ao país, onde ele veio lançar seu livro sobre meditação, prática que adotou em 1973.
A meditação é tão importante para Lynch que uma fundação com seu nome tem a missão de difundi-la.
"Não preciso sofrer para entender o sofrimento. Assim como não preciso morrer para fazer uma cena de morte", explica sua lógica.
Pena que o filme -parafraseando uma das metáforas de Lynch- não "mergulhe fundo" no personagem. O surpreendente "Lynch meditativo" se dissolve em um filme com ar escolar e que reverencia o mestre de forma quase infantil.

TRANSCENDENDO LYNCH

DIREÇÃO Marcos Andrade
PRODUÇÃO Brasil, 2009
ONDE Unibanco Arteplex
QUANDO estreia amanhã
CLASSIFICAÇÃO 18 anos
AVALIAÇÃO Regular


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