São Paulo, domingo, 19 de julho de 2009

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Coleção Folha traz casal Tracy e Hepburn

"Costela de Adão" trava "guerra dos sexos" entre casal de advogados nos tribunais

Comédia aborda conflitos ligados à emancipação das mulheres após a Segunda Guerra e adianta debate feminista dos anos 60

DA REPORTAGEM LOCAL

Subgênero à parte no universo das comédias românticas, a "guerra dos sexos" teve um de seus momentos mais brilhantes em "A Costela de Adão", de George Cukor (1949) -19º volume da Coleção Folha Clássicos do Cinema, disponível a partir de 26 de julho.
Spencer Tracy e Katharine Hepburn são Adam e Amanda, advogados que ocupam lados opostos -ele procurador, ela advogada de defesa- no escandaloso caso de uma mulher que tentou matar o marido depois de flagrá-lo com a amante. Toda a graça está no fato de Adam e Amanda formarem um casal: à medida que o julgamento avança, as desavenças se agravam.
Os atores principais formavam um dos casais mais queridos de Hollywood na época. O elenco de coadjuvantes também impressiona: Judy Hollyday (que no ano seguinte ganharia o Oscar por "Nascida Ontem", também dirigido por Cukor) e Tom Ewell (de "O Pecado Mora ao Lado"). O roteiro é de Garson Kanin e Ruth Gordon -que mais tarde ficaria conhecida por "O Bebê de Rosemary" e "Ensina-me a Viver".
Sem qualquer traço de militância, "A Costela de Adão" antecipa questões em torno da emancipação feminina que só se tornariam proeminentes 15 anos depois. O filme identifica a série de transformações que se deram a partir da Segunda Guerra, quando as mulheres assumiram papéis até então dos homens, mas vai além, ao tocar em temas que só seriam discutidos pela retomada do movimento feminista nos anos 60.


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