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Coleção Folha traz casal Tracy e Hepburn
"Costela de Adão" trava "guerra dos sexos" entre casal de advogados nos tribunais
Comédia aborda conflitos ligados à emancipação das mulheres após a Segunda Guerra e adianta debate feminista dos anos 60
DA REPORTAGEM LOCAL
Subgênero à parte no universo das comédias românticas, a "guerra dos sexos"
teve um de seus momentos
mais brilhantes em "A Costela de Adão", de George
Cukor (1949) -19º volume
da Coleção Folha Clássicos
do Cinema, disponível a
partir de 26 de julho.
Spencer Tracy e Katharine Hepburn são Adam e
Amanda, advogados que
ocupam lados opostos -ele
procurador, ela advogada de
defesa- no escandaloso caso de uma mulher que tentou matar o marido depois
de flagrá-lo com a amante.
Toda a graça está no fato de
Adam e Amanda formarem
um casal: à medida que o
julgamento avança, as desavenças se agravam.
Os atores principais formavam um dos casais mais
queridos de Hollywood na
época. O elenco de coadjuvantes também impressiona: Judy Hollyday (que no
ano seguinte ganharia o Oscar por "Nascida Ontem",
também dirigido por Cukor) e Tom Ewell (de "O Pecado Mora ao Lado"). O roteiro é de Garson Kanin e
Ruth Gordon -que mais
tarde ficaria conhecida por
"O Bebê de Rosemary" e
"Ensina-me a Viver".
Sem qualquer traço de
militância, "A Costela de
Adão" antecipa questões
em torno da emancipação
feminina que só se tornariam proeminentes 15 anos
depois. O filme identifica a
série de transformações que
se deram a partir da Segunda Guerra, quando as mulheres assumiram papéis
até então dos homens, mas
vai além, ao tocar em temas
que só seriam discutidos pela retomada do movimento
feminista nos anos 60.
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