São Paulo, quinta-feira, 19 de agosto de 2010

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Debate na Bienal do Livro questiona estereótipos sobre José Saramago

DE SÃO PAULO - Principal evento de ontem da Bienal do Livro de São Paulo, a mesa "Tributo a José Saramago" procurou revelar um lado mais íntimo do Prêmio Nobel de Literatura, morto em junho, aos 87 anos.
A imagem de um crítico comunista radical cedeu lugar a exemplos singelos do cotidiano de Saramago.
Iniciada às 19h, a palestra com o editor Luiz Schwarcz, o escritor João Marques Lopes e o cineasta Miguel Gonçalves Mendes lotou o principal espaço de debate da Bienal.
No início da palestra, Mendes exibiu seis minutos do documentário inédito "José e Pilar", focado na relação de Saramago com a mulher, a jornalista espanhola Pilar del Río.
"Sempre irritou-me a imagem que faziam dele de ranzinza e turrão. Tentei mostrar o lado íntimo", disse o cineasta.
Schwarcz, dono da Companhia das Letras e editor de Saramago no Brasil, comentou que o escritor português tinha grande carinho pelo Brasil.
"Foi justamente no Brasil que decidiu escrever "Caim", seu último romance", disse.
Lopes, autor de "Saramago Biografia" (ed. Leya), afirmou que a crítica brasileira teve um importante papel no estabelecimento da obra de Saramago.
As primeiras teses universitárias sobre o autor, segundo ele, vieram de universidades brasileiras.
Schwarcz, que foi amigo íntimo de Saramago, contou que o Nobel ficou muito emocionado com as homenagens que recebeu em sua última passagem pelo país, em 2008.


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