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MÚSICA
Edição deste ano do festival, que acontece em outubro, terá 37 atrações e um palco dedicado à música eletrônica
Penúltimo Free Jazz é o maior de todos
CLAUDIA ASSEF
DA REPORTAGEM LOCAL
A edição mais dançante do Free
Jazz Festival, com direito a um
palco inteiro dedicado à música
eletrônica de pista e com o maior
número de atrações (37 artistas),
é a penúltima da história.
"Por causa das leis antitabagistas, a Souza Cruz vai patrocinar o
último Free Jazz no ano que vem.
Depois disso, não sabemos ainda
se o patrocínio será substituído
ou se o festival deixará de acontecer", disse Monique Gardenberg
da Dueto Produções.
Os shows, que acontecem dias
25, 26 e 27 de outubro no Museu
de Arte Moderna (MAM), no Rio,
e nos dias 26, 27 e 28 do mesmo
mês, no Jockey Club, em São Paulo, também já têm preço de ingresso definido: de R$ 30 (palco
Cream, a "casa noturna" do festival) a R$ 70 (palco club, onde
acontecem os shows de jazz).
Conforme a Folha adiantou, o
line-up desta 16ª edição confirma
a tendência vanguardista a que o
festival vem se propondo.
E, pela primeira vez, este ano a
grade do festival foi anunciada
com uma atração ainda a ser definida. "Os atentados de Nova York
atrasaram as negociações com o
artista de hip hop que queríamos
trazer", disse Gardenberg.
Os possíveis nomes a ocupar o
palco New Directions, ainda a serem definidos, são o produtor
Timbaland ou o cantor de two-step Craig David ou ainda o senegalês Baaba Maal.
No Main Stage, estarão os islandeses do Sigur Rós, os escoceses
do Belle & Sebastian, os californianos do Grandaddy e a cantora
de inclinação funk/soul Macy
Gray, além do combo de DJs Roni
Size & The Reprazent e da estranheza eletrônica do DJ e produtor
Richard D. James, mais conhecido como Aphex Twin.
No palco New Directions, as
atrações internacionais de destaque são a banda anglo-colombiana Sidestepper, com seu trip hop
latino, e os cubanos do Orishas,
que misturam rap à música tradicional da ilha.
A escalação pop foi buscar nomes quentíssimos no exterior:
Macy Gray virá ao Brasil menos
de um mês depois do lançamento
de seu segundo CD, "The Id";
Aphex Twin, rei da IDM ("música
eletrônica inteligente"), chega ao
país em meio à turnê de
"Drukqs", seu novo e estranho
disco duplo; Sigur Rós, os islandeses, acabam de ser aplaudidos por
público e crítica da Europa e dos
EUA, onde acabam de fazer turnê.
Mas o que deve fazer o Free Jazz
tremer, literalmente, é o palco
Cream, que promete repetir a balada da casa noturna homônima,
baseada em Liverpool.
Deverá ser realizado nesse palco
o show mais sacolejante do festival: o do inglês Norman Cook, o
Fatboy Slim. O moço deve trazer
em seu set faixas do disco mais recente, "Between the Gutter and
the Stars", que, nas apresentações
ao vivo, costumam virar novas
músicas. "Para o pop, a vinda do
Fatboy equivale a um show do
U2", disse Felipe Venancio, consultor do palco Cream.
Para quem gostou do disco, outra boa notícia. A cantora Macy
Gray, cujos melhores momentos
são as participações que fez no CD
de Fatboy, pode se apresentar
junto com o DJ, uma vez que eles
se apresentam na mesma noite.
"Macy Gray não pertence ao
grupo das cantoras de soul açucaradas, como muitas. Ela é da mesma esfera da Erika Baduh", compara Zuza Homem de Melo, um
dos curadores do evento.
Os ingressos para o Free Jazz estarão à venda pela internet a partir de 1º de outubro no www.freejazz.com.br, que entra no ar à
meia-noite de hoje e terá informações sobre pontos-de-venda.
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