São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

CRÍTICA POP

Rihanna exagera, mas dá conta do recado

Numa enxurrada de hits, cantora navega com desenvoltura por vários estilos e só peca por "breguices" visuais

THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO

Em seu primeiro show no Brasil, a cantora Rihanna entregou o pacote completo.
Um punhado de ótimas músicas para dançar, um bloco de baladas para exibir a voz poderosa, muita simpatia, decote generoso, maiô bem cavado e meia arrastão.
Mas alguns itens poderiam ter sido deixados de lado. O atraso de uma hora para o início do show, o vento gelado e inclemente cortando a Arena Anhembi, a estética confusa do palco, no qual várias partes metalizadas ficavam sobrepostas, e seus bailarinos com roupas e coreografia bregas.
No balanço geral, a conclusão é que Rihanna é melhor do que o show que faz. Nos poucos números em que fica no palco apenas com a banda, momentos em que o público pode concentrar a atenção na figura graciosa e no vozeirão, Rihanna justifica o status de diva, muito além da banalidade que esta palavra adquiriu.
Rihanna navega com desenvoltura por vários estilos. O primeiro grande momento do show é "Shut Up and Drive", que, sem as firulas produzidas no estúdio, soa ao que realmente é: hard rock, com um riff forte de quem conhece o gênero. O guitarrista é o português Nuno Bettencourt, da banda Extreme.
Depois vem "Man Down", na qual ela mostra como canta bem coisas de "ragga". Ao contrário de outras "divas" berrantes, Rihanna tem o registro grave dos jamaicanos.
O show continua entre números mais lentos e alguma agitação. E a insistência nos bailarinos, que chega a irritar. Trata-se de um formato celebrado por Madonna e copiado por todas que a seguiram.
O problema é que a moçada que acompanha Rihanna não faz nada que mereça atenção. Rihanna se irrita com um fã que puxa seu cabelo quando desce junto ao público na música "Cheers", mas encerra sorridente o set principal com "Don't Stop the Music".
Ela volta forte para o bis. Fecha a noite com "Umbrella", demonstrando muita alegria. A mesma dos fãs que lotaram a arena e deixam o local cantando e chorando. Fica a expectativa de vê-la no Rock in Rio.

RIHANNA EM SÃO PAULO
AVALIAÇÃO bom

RIHANNA EM BRASÍLIA
ONDE Ginásio Nilson Nelson
QUANDO quarta, dia 21
QUANTO de R$ 200 a R$ 600

RIHANNA NO RIO DE JANEIRO
ONDE Rock in Rio
QUANDO sexta, dia 23
QUANTO ingressos esgotados



Texto Anterior: Raio-X Alan Pauls
Próximo Texto: Na plateia
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.