São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 2006 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crítica/"Eu Quero Ser Piloto" Curta sobre a infância no Quênia tem efeito devastador JOSÉ GERALDO COUTO COLUNISTA DA FOLHA O curta-metragem "Eu Quero Ser Piloto", que abre hoje a 30ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e será exibido antes de "Os Estados Unidos contra John Lennon", é uma obra de impacto que se situa a um passo do panfletário e do apelativo. Realizado no Quênia pelo espanhol Diego Quemada-Diez (operador de câmera de "O Jardineiro Fiel"), o filme se baseia em depoimentos de 50 crianças órfãs do Raila Educational Center de Nairobi, mas se concentra num personagem, o franzino Omondi (Collins Otieno), de 12 anos, HIV positivo, que deseja se tornar piloto para fugir da miséria em que está afundado. Imagens granuladas, de forte colorido e em alto contraste, exibem as mais atrozes condições de vida na favela de Kibera (segundo consta, a maior da África), na capital queniana, sob a voz "off" do menino, falando de seus sonhos de uma existência decente. Vemos lixo, pobreza, doença -e ouvimos o desejo de educação, lazer, felicidade. Não poderia ser mais esquemático, mas o efeito dramático é inevitavelmente devastador. EU QUERO SER PILOTO Direção: Diego Quemada-Diez Quando: hoje, às 20h30, no Auditório Ibirapuera (só para convidados); ter., às 16h, no Centro Cultural São Paulo; qua., às 20h10, no Cine Bombril, e dom. (29), às 15h50, na Sala UOL de Cinema Texto Anterior: Crítica: Biografia dá lugar, ainda bem, à política Próximo Texto: Blog de cinema da Ilustrada estréia hoje Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |