|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Apresentações teatrais ganham mais espaço na Bienal
Programação já tem confirmados Tablado de Arruar, Guy de Cointet e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos
GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Após a exibição em setembro de Zé Celso Martinez Corrêa com o grupo Uzyna Uzona, foram incluídos na programação outros trabalhos
calcados em dramaturgia,
atuação ou direção cênica.
As datas e os horários ainda devem ser confirmados
pela organização, mas já é
certo que haverá apresentações dos grupos Tablado de
Arruar (nos dias 11 e 12 de dezembro), do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos (27 de
novembro) e de peças do
francês Guy de Cointet (data
ainda não anunciada).
A companhia de teatro
Ueinzz, de São Paulo, também começa a ensaiar um espetáculo inédito na Bienal, a
ser apresentado nos dias 3 e 4
de dezembro. O grupo é formado por pacientes de serviços de saúde mental.
Nenhum dos projetos será
realizado no formato tradicional do palco italiano.
O dramaturgo Alexandre
Dal Farra, do Tablado de Arruar, conta que o grupo quer
apresentar peças de um repertório essencialmente de
rua. Entre elas, "Helena Pede
Perdão e É Esbofeteada".
O Núcleo Bartolomeu de
Depoimentos entra na programação com o Zap, competição de poetas com júri popular, e também com o DCC,
em que o público leva suas
próprios textos para serem lidos por grupos de atores.
JOGO DE CENA
Não é a primeira vez que
trabalhos com veias teatrais
tomam espaço em uma Bienal de São Paulo.
Em 1989, o diretor americano Bob Wilson e o tcheco
Josef Svoboda estiveram na
mostra. Em 1991, dança e teatro ganharam impulso em
uma programação que incluiu a apresentação do grupo catalão La Fura dels Baus.
Para Pedro França, que
nesta edição responde pela
curadoria dos terreiros (espaços para performances e debates), a inclusão de artistas
ligados ao teatro é natural.
Não há, para ele, a intenção
de formar uma programação
específica.
"Fazer inclusão de teatro
não era um objetivo. Isso seria um contrassenso num
evento que já não vê fronteiras entre as artes", explica.
"Os grupos foram convidados por conta de ideias mais
amplas, que hoje são de interesse de diferentes áreas, como as questões do corpo e do
uso da palavra."
Texto Anterior: Raio-X: Trisha Brown Próximo Texto: Folha.com Índice | Comunicar Erros
|