São Paulo, terça-feira, 19 de outubro de 2010

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Apresentações teatrais ganham mais espaço na Bienal

Programação já tem confirmados Tablado de Arruar, Guy de Cointet e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos

GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após a exibição em setembro de Zé Celso Martinez Corrêa com o grupo Uzyna Uzona, foram incluídos na programação outros trabalhos calcados em dramaturgia, atuação ou direção cênica.
As datas e os horários ainda devem ser confirmados pela organização, mas já é certo que haverá apresentações dos grupos Tablado de Arruar (nos dias 11 e 12 de dezembro), do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos (27 de novembro) e de peças do francês Guy de Cointet (data ainda não anunciada).
A companhia de teatro Ueinzz, de São Paulo, também começa a ensaiar um espetáculo inédito na Bienal, a ser apresentado nos dias 3 e 4 de dezembro. O grupo é formado por pacientes de serviços de saúde mental.
Nenhum dos projetos será realizado no formato tradicional do palco italiano.
O dramaturgo Alexandre Dal Farra, do Tablado de Arruar, conta que o grupo quer apresentar peças de um repertório essencialmente de rua. Entre elas, "Helena Pede Perdão e É Esbofeteada".
O Núcleo Bartolomeu de Depoimentos entra na programação com o Zap, competição de poetas com júri popular, e também com o DCC, em que o público leva suas próprios textos para serem lidos por grupos de atores.

JOGO DE CENA
Não é a primeira vez que trabalhos com veias teatrais tomam espaço em uma Bienal de São Paulo.
Em 1989, o diretor americano Bob Wilson e o tcheco Josef Svoboda estiveram na mostra. Em 1991, dança e teatro ganharam impulso em uma programação que incluiu a apresentação do grupo catalão La Fura dels Baus.
Para Pedro França, que nesta edição responde pela curadoria dos terreiros (espaços para performances e debates), a inclusão de artistas ligados ao teatro é natural. Não há, para ele, a intenção de formar uma programação específica.
"Fazer inclusão de teatro não era um objetivo. Isso seria um contrassenso num evento que já não vê fronteiras entre as artes", explica.
"Os grupos foram convidados por conta de ideias mais amplas, que hoje são de interesse de diferentes áreas, como as questões do corpo e do uso da palavra."


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