São Paulo, terça-feira, 19 de outubro de 2010

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CRÍTICA TANGO

Bajofondo adota atitude roqueira em performance jovial, mas curta

RAUL JUSTE LORES
EDITOR DE MERCADO

Aos 59, o argentino Gustavo Santaolalla poderia dar um curso de jovialidade a Jay Kay, 40, do Jamiroquai. O cérebro do coletivo platense Bajofondo não denunciou a idade no morno festival.
Pôs o público para sacolejar, apesar de um único sucesso aqui, "Pa'bailar", da novela "A Favorita" (2008).
O roliço Santaolalla é um dos mais influentes músicos latinos. Vencedor de dois Oscars -por "Brokeback Mountain" (2005) e "Babel" (2006)-, ganhou vários prêmios Grammy ao produzir trabalhos de Café Tacuba, Molotov e Kronos Quartet.
Ao contrário do tango eletrônico para turistas do Gotan Project, o Bajofondo traz vocais de rap, eletrônica, tango e milonga. Os músicos adotaram atitude roqueira e pulavam como se tivessem visto um gol de Maradona.
Mas a apresentação se ressente da ausência dos vocais de luxo de Elvis Costello e Nelly Furtado, presentes em "Mar Dulce". Não bastou que o rouco Santaolalla cantasse "El Mareo" (no disco, defendida pela bela voz de Gustavo Cerati) e que os vocais gravados de Adriana Varela comparecessem em "Perfume".
Para os fãs, o show foi curto, mas, pela "buena onda" de Santaolalla ao final, com parte do público dançando no palco, os platenses devem voltar logo.


BAJOFONDO TANGO CLUB
AVALIAÇÃO bom




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