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CRÍTICA TANGO
Bajofondo adota atitude roqueira em performance jovial, mas curta
RAUL JUSTE LORES
EDITOR DE MERCADO
Aos 59, o argentino Gustavo Santaolalla poderia dar
um curso de jovialidade a Jay
Kay, 40, do Jamiroquai. O cérebro do coletivo platense
Bajofondo não denunciou a idade no morno festival.
Pôs o público para sacolejar, apesar de um único sucesso aqui, "Pa'bailar", da
novela "A Favorita" (2008).
O roliço Santaolalla é um
dos mais influentes músicos
latinos. Vencedor de dois Oscars -por "Brokeback Mountain" (2005) e "Babel"
(2006)-, ganhou vários prêmios Grammy ao produzir trabalhos de Café Tacuba,
Molotov e Kronos Quartet.
Ao contrário do tango eletrônico para turistas do Gotan Project, o Bajofondo traz
vocais de rap, eletrônica, tango e milonga. Os músicos
adotaram atitude roqueira e
pulavam como se tivessem visto um gol de Maradona.
Mas a apresentação se ressente da ausência dos vocais
de luxo de Elvis Costello e
Nelly Furtado, presentes em
"Mar Dulce". Não bastou que
o rouco Santaolalla cantasse
"El Mareo" (no disco, defendida pela bela voz de Gustavo Cerati) e que os vocais gravados de Adriana Varela comparecessem em "Perfume".
Para os fãs, o show foi curto, mas, pela "buena onda" de Santaolalla ao final, com parte do público dançando no palco, os platenses devem voltar logo.
BAJOFONDO TANGO CLUB
AVALIAÇÃO bom
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