|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Banda é como time de futebol", afirma jazzista
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma boa notícia para os
fãs de Branford Marsalis,
atração do evento Telefônica
Open Jazz, no próximo domingo. O saxofonista norte-americano trouxe o mesmo
grupo que o acompanha desde 2000, com Jeff "Tain"
Watts (bateria), Joey Calderazzo (piano) e Eric Revis
(baixo). A integração musical
deles beira a telepatia.
"Não é fácil explicar como
isso acontece, mas somos como um time de futebol. Com
o tempo, você percebe como
os jogadores gostam de receber a bola para chegar ao gol.
Quanto maior é a compreensão entre os músicos da banda, mais fácil é transformar
notas isoladas em música",
compara o jazzista.
Com mais de 20 de álbuns
individuais lançados, além
de dezenas de parcerias,
Marsalis é um membro do
clã musical mais badalado de
Nova Orleans, que também
destaca seu pai, o pianista
Ellis Marsalis, e seus irmãos
Wynton, Delfeayo e Jason.
Apesar de já não viver na
cidade natal, ele não perde o
contato com ela. Em 2007
comandou um belo tributo
ao clarinetista Alvin Batiste,
no festival de jazz local. Ironicamente, só após a tragédia do furacão Katrina, Nova
Orleans viu sua rica cena
musical despertar interesse
no resto do país.
"É um caso parecido com o
do Brasil. Se você fala com
um norte-americano sobre
música brasileira, ele só conhece a bossa nova. O grande
público não consegue entender sons mais locais", diz.
Já com um novo álbum
previsto para março de 2009,
Marsalis diz que vai intitulá-lo "Metamorphosis" (metamorfose), por registrar uma
fase de transição no quarteto. "É um dos discos mais
acessíveis que já fizemos. Vamos mostrar um pouco dele
no show", promete.
(CC)
Texto Anterior: Show une funk de Chaka Khan e jazz de Marsalis Próximo Texto: CDs Índice
|