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Crítica
Woody Allen ecoa obras de outros autores
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Não é que "Match Point
- Ponto Final" (P&A, 22h;
classificação indicativa não informada) seja um mau filme.
Mas retoma esse hábito próprio de Woody Allen que consiste em deixar aparecer em vários de seus filmes, e com toda
evidência, os rastros da cultura
européia que o orientam.
Há Bergman em várias partes, como aqui existe Dostoiévski. Isso em si não é um
problema do filme, que trata de
um ex-tenista, hoje mero professor, e de suas manobras para
casar com rica herdeira.
Também não é problema
certas observações bem pertinentes (caso mais evidente: como o esporte favorece a anulação de diferenças sociais), além
do que o trabalho dos atores
ajuda a tornar o todo agradável.
O que fica de duvidoso é o hábito de Woody de agregar valor
cultural a seus trabalhos ao
ecoar neles obras famosas de
outros autores.
Ainda hoje, "Imitação da
Vida" (TCM, 17h20; classificação indicativa não informada),
1959, o último Douglas Sirk,
que fazia o inverso de Allen.
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