São Paulo, quarta-feira, 19 de novembro de 2008

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Crítica

Woody Allen ecoa obras de outros autores

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não é que "Match Point - Ponto Final" (P&A, 22h; classificação indicativa não informada) seja um mau filme.
Mas retoma esse hábito próprio de Woody Allen que consiste em deixar aparecer em vários de seus filmes, e com toda evidência, os rastros da cultura européia que o orientam.
Há Bergman em várias partes, como aqui existe Dostoiévski. Isso em si não é um problema do filme, que trata de um ex-tenista, hoje mero professor, e de suas manobras para casar com rica herdeira.
Também não é problema certas observações bem pertinentes (caso mais evidente: como o esporte favorece a anulação de diferenças sociais), além do que o trabalho dos atores ajuda a tornar o todo agradável.
O que fica de duvidoso é o hábito de Woody de agregar valor cultural a seus trabalhos ao ecoar neles obras famosas de outros autores.
Ainda hoje, "Imitação da Vida" (TCM, 17h20; classificação indicativa não informada), 1959, o último Douglas Sirk, que fazia o inverso de Allen.


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