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Crítica
Filme de Lang ainda encanta aos 50 anos
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Há leitores que, de tempos
em tempos, perguntam, intrigados, o que significa TCM, canal que aparece com freqüência
nesta coluna, mas aparentemente acessível a poucos espectadores. Por partes: a sigla
significa Turner Classic Movies. É um canal com acervo
precioso que passou a funcionar no Brasil há pouco tempo e
pode ser sintonizado pelos assinantes da TVA digital.
Não são muitos esses assinantes, e canais da grade digital, normalmente, nem entram
nas revistas de programação
das grandes distribuidoras.
Por que destacá-lo então?
Porque quando fazemos "zapping" pelos canais de TV paga, o
que encontramos normalmente é mais do mesmo. Sim, felizmente existe a chance de se topar com algo especial, mas a
ambição do marketing desses
sistemas parece ser chegar a
uma uniformidade completa. É
indiferente que o filme seja
francês, escocês, russo ou americano, israelense ou palestino:
o importante é que o produto
seja similar aos conhecidos.
Por incrível que pareça é isso
que os canais de filmes clássicos, como o TCM ou, em parte,
o Telecine Cult, evitam boa
parte do tempo. O que esperar,
por exemplo, de "Suplício de
uma Alma" (TCM, 18h55), de
Fritz Lang?
E que filme é esse? Um filme
contra a pena de morte? A favor? Que pouco se lixa para a
verossimilhança? Enfim, um
filme que aos 50 anos mantém
o seu mistério intacto. Seu encanto também.
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