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Crítica
Gus van Sant celebra a genialidade de "Psicose"
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Refilmar uma obra-prima do
diretor Alfred Hitchcock já é
um fator demeritório por si.
Quanto mais refazer o original
como se fosse uma xerox, repetindo enquadramentos, trilha
sonora etc.
Gus van Sant foi acusado de
oportunismo quando mostrou
o seu "Psicose" (Megapix,
15h55, 14 anos), em 1998.
Grande injustiça. Ninguém
entendeu que ele queria, antes
de tudo, atestar a genialidade
do filme de 1960 e sua irreprodutibilidade. Fez um trabalho
conceitual, com poucas alterações que atualizavam o filme
para os anos 90, mas mantendo
o mesmo ritmo e decupagem
do outro. Uma fotocópia colorida que reforçou a distinção
entre as duas obras.
É um belo filme, este de Van
Sant, e que deixa claro que as
refilmagens são exercícios permissíveis (e inevitáveis, talvez)
no cinema.
Cópia oportunista é "O Professor Aloprado" (Megapix,
17h55, 12 anos) com Eddie
Murphy, que afronta o original
de Jerry Lewis.
E, de Hitchcock, o dia conta
com o denso "A Tortura do
Silêncio" (TCM, 0h05, 12
anos).
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