São Paulo, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

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Crítica

Gus van Sant celebra a genialidade de "Psicose"

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Refilmar uma obra-prima do diretor Alfred Hitchcock já é um fator demeritório por si. Quanto mais refazer o original como se fosse uma xerox, repetindo enquadramentos, trilha sonora etc.
Gus van Sant foi acusado de oportunismo quando mostrou o seu "Psicose" (Megapix, 15h55, 14 anos), em 1998.
Grande injustiça. Ninguém entendeu que ele queria, antes de tudo, atestar a genialidade do filme de 1960 e sua irreprodutibilidade. Fez um trabalho conceitual, com poucas alterações que atualizavam o filme para os anos 90, mas mantendo o mesmo ritmo e decupagem do outro. Uma fotocópia colorida que reforçou a distinção entre as duas obras.
É um belo filme, este de Van Sant, e que deixa claro que as refilmagens são exercícios permissíveis (e inevitáveis, talvez) no cinema.
Cópia oportunista é "O Professor Aloprado" (Megapix, 17h55, 12 anos) com Eddie Murphy, que afronta o original de Jerry Lewis.
E, de Hitchcock, o dia conta com o denso "A Tortura do Silêncio" (TCM, 0h05, 12 anos).


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