São Paulo, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

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Clichês e rebeldia marcam volta do superagente Jack Bauer

"24 Horas" estreia nova temporada nos EUA, que deve chegar aqui em março

SYLVIA COLOMBO
EDITORA DA ILUSTRADA

Fãs de "24 Horas" já passaram sete dias inteiros da vida expostos ao suspense febril que as aventuras do superagente Jack Bauer (Kiefer Sutherland) é capaz de provocar.
Isso mesmo. Fazendo as contas, com o formato de "tempo real" do programa, em que cada episódio corresponde a uma hora da trama (contando os comerciais), foi-se uma semana do tempo nesta Terra dos aficionados pela atração.
Pois a tormenta recomeçou. Estreou no último domingo, nos EUA, a oitava temporada do seriado (aqui, será exibido pela Fox em março ou abril).
"24 Horas", ao lado de "Lost", foi um dos precursores do estouro internacional das séries, gerando incontáveis imitações.
A ação agora se passa em Nova York. Tudo começa do modo mais clichê possível. Aposentado das funções de agente do governo dos EUA, Bauer tenta reconstruir a vida familiar.
De repente, porém, a pátria, em risco de um novo ataque terrorista, o chama de volta à ativa. Desta vez, o perigo é uma ameaça de atentado contra o presidente de um imaginário país muçulmano que está prestes a firmar com os EUA um histórico tratado de paz.
Acusado por organizações de direitos humanos de abusar da tortura, o seriado tem pegado "um pouco" mais leve desde a sétima temporada.
De certo modo, o programa tem acompanhado as transformações recentes da história dos EUA. Os métodos de Bauer, que ignora protocolos e limites de violência, pareciam fazer sentido para o público norte-americano no pós-11 de Setembro -a série estreou lá em novembro do mesmo ano.
Já agora, na era Obama, os produtores fizeram com que os chefes do agente passassem todo o tempo tentando enquadrá-lo. Porém, no geral, eles fazem vista grossa para a rebeldia do herói. Afinal, sem ela, pela lógica do programa, seria o fim de Jack Bauer e, por consequência, dos EUA.


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