São Paulo, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

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Iodice cria Amazônia dark em coleção acessível

Ronaldo Fraga homenageia coreógrafa alemã Pina Bausch no terceiro dia da SPFW

ALCINO LEITE NETO
EDITOR DE MODA
VIVIAN WHITEMAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Se o primeiro dia da SPFW foi tomado por um desejo vanguardista, o segundo se dividiu entre as apostas esportivas das grifes Maria Bonita e Maria Garcia e o luxo das coleções de Reinaldo Lourenço e Alexandre Herchcovitch.
Herchcovitch, cuja grife faz parte do abonado grupo InBrands, subiu vários degraus rumo ao paraíso do luxo e praticamente disse adeus ao underground em sua nova coleção.
Preciosidade foi a palavra de ordem dos looks, inspirados em elementos folk e nas mulheres do Leste Europeu: casacos em tecidos nobres, saias e vestidos de elaboração sofisticada, ultradecorados, e muita, mas muita pedraria.
Elementos de estilo clássicos de Herchcovitch apareceram nos xadrezes, na estamparia, nas correntes (feitas de madeira) e no corte austero de algumas peças. A imagem final, no entanto, quase nada guarda do visual "rebelde" que fez a fama do estilista.

Reinaldo místico
Reinaldo Lourenço, que há pouco se separou da estilista Gloria Coelho, após 25 anos de casamento, contou uma intrigante história sobre dever e recompensa, com viés religioso e também militar.
As peças iniciais trazem imagens dos anos 40, que, aos poucos, dão lugar a looks com construções florais, que lembram chagas no corpo.
O desfile passa para os looks militares, com botas, zíperes, muito preto e verde-oliva. De repente, surge uma blusa com enigmática inscrição em aramaico, a língua de Jesus.
Entra em cena um vestido também de flores, o único em amarelo vivo, como se simbolizasse um instante de iluminação. A partir daí, Reinaldo trabalha com a forma dos uniformes, em couro e pele, para depois desconstruir, em vestidos com fitas, comendas e distinti


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