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Iodice cria Amazônia dark em
coleção acessível
Ronaldo Fraga homenageia coreógrafa alemã Pina Bausch no terceiro dia da SPFW
ALCINO LEITE NETO
EDITOR DE MODA
VIVIAN WHITEMAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o primeiro dia da SPFW
foi tomado por um desejo vanguardista, o segundo se dividiu
entre as apostas esportivas das
grifes Maria Bonita e Maria
Garcia e o luxo das coleções de
Reinaldo Lourenço e Alexandre Herchcovitch.
Herchcovitch, cuja grife faz
parte do abonado grupo InBrands, subiu vários degraus
rumo ao paraíso do luxo e praticamente disse adeus ao underground em sua nova coleção.
Preciosidade foi a palavra de
ordem dos looks, inspirados em
elementos folk e nas mulheres
do Leste Europeu: casacos em
tecidos nobres, saias e vestidos
de elaboração sofisticada, ultradecorados, e muita, mas
muita pedraria.
Elementos de estilo clássicos
de Herchcovitch apareceram
nos xadrezes, na estamparia,
nas correntes (feitas de madeira) e no corte austero de algumas peças. A imagem final, no
entanto, quase nada guarda do
visual "rebelde" que fez a fama
do estilista.
Reinaldo místico
Reinaldo Lourenço, que há
pouco se separou da estilista
Gloria Coelho, após 25 anos de
casamento, contou uma intrigante história sobre dever e recompensa, com viés religioso e
também militar.
As peças iniciais trazem imagens dos anos 40, que, aos poucos, dão lugar a looks com construções florais, que lembram
chagas no corpo.
O desfile passa para os looks
militares, com botas, zíperes,
muito preto e verde-oliva. De
repente, surge uma blusa com
enigmática inscrição em aramaico, a língua de Jesus.
Entra em cena um vestido
também de flores, o único em
amarelo vivo, como se simbolizasse um instante de iluminação. A partir daí, Reinaldo trabalha com a forma dos uniformes, em couro e pele, para depois desconstruir, em vestidos
com fitas, comendas e distinti
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