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São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003

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Festival abriga companhias de fora do eixo Rio-SP

DO ENVIADO A BERLIM

Não é só Deborah Colker quem leva a dança brasileira para a capital alemã em 2003. Em abril, seis companhias participam do festival Move Berlim, que pretende apresentar um panorama da cena nacional em dois teatros: o Hebbel e o Hallesches Ufer, importantes espaços da dança na cidade.
A seleção das companhias apresenta grupos de cinco Estados: Quasar, de Goiânia (que abre o festival dia 4); Cena 11, de Florianópolis; Viladança, de Salvador; Será quê?, de Belo Horizonte; e Antonio Nóbrega e Ivani Santana, dois solos de São Paulo. Curiosamente, o Rio, maior centro de dança contemporânea no Brasil -a cidade possui mais de 30 companhias-, ficou de fora.
Faltou ainda o Corpo, companhia de maior prestígio no exterior. O festival tem direção artística de Wagner Carvalho, brasileiro que vive em Berlim há 12 anos, e conta com apoio do Fundo de Cultura da Capital Alemã, que financia o projeto com 250 mil (R$ 1 milhão). "Procuramos fugir do eixo Rio-SP, que tem maior visibilidade na Europa. Nossa proposta inicial era apresentar 13 companhias, inclusive algumas do Rio. Mas o financiamento não foi o esperado e decidimos por companhias de fora do eixo. São Paulo está, mas com solos", disse Carvalho, em Berlim. "Apresentar o Nóbrega, aliás, é um contraponto à pesquisa tecnológica de Santana, pois ele trabalha com cultura popular, o que mostra a diversidade da dança brasileira."
O festival irá marcar ainda presença fora de palcos berlinenses. Palestras e mesas-redondas estão sendo organizadas com a ajuda de quatro universidades alemãs, que serão sedes dos debates. Cerca de 80 brasileiros, entre artistas e especialistas, participarão do evento, que tem ainda apoio do Ministério de Cultura do Brasil. (FCY)


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