|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Festival abriga companhias de fora do eixo Rio-SP
DO ENVIADO A BERLIM
Não é só Deborah Colker quem
leva a dança brasileira para a capital alemã em 2003. Em abril, seis
companhias participam do festival Move Berlim, que pretende
apresentar um panorama da cena
nacional em dois teatros: o Hebbel e o Hallesches Ufer, importantes espaços da dança na cidade.
A seleção das companhias apresenta grupos de cinco Estados:
Quasar, de Goiânia (que abre o
festival dia 4); Cena 11, de Florianópolis; Viladança, de Salvador;
Será quê?, de Belo Horizonte; e
Antonio Nóbrega e Ivani Santana,
dois solos de São Paulo. Curiosamente, o Rio, maior centro de
dança contemporânea no Brasil
-a cidade possui mais de 30
companhias-, ficou de fora.
Faltou ainda o Corpo, companhia de maior prestígio no exterior. O festival tem direção artística de Wagner Carvalho, brasileiro
que vive em Berlim há 12 anos, e
conta com apoio do Fundo de
Cultura da Capital Alemã, que financia o projeto com 250 mil
(R$ 1 milhão). "Procuramos fugir
do eixo Rio-SP, que tem maior visibilidade na Europa. Nossa proposta inicial era apresentar 13 companhias, inclusive algumas
do Rio. Mas o financiamento não
foi o esperado e decidimos por
companhias de fora do eixo. São
Paulo está, mas com solos", disse
Carvalho, em Berlim. "Apresentar o Nóbrega, aliás, é um contraponto à pesquisa tecnológica de Santana, pois ele trabalha com
cultura popular, o que mostra a
diversidade da dança brasileira."
O festival irá marcar ainda presença fora de palcos berlinenses.
Palestras e mesas-redondas estão
sendo organizadas com a ajuda de
quatro universidades alemãs, que
serão sedes dos debates. Cerca de
80 brasileiros, entre artistas e especialistas, participarão do evento, que tem ainda apoio do Ministério de Cultura do Brasil.
(FCY)
Texto Anterior: Dança: Recepção à Colker se divide em Berlim Próximo Texto: Artes plásticas: México importa geometria abstrata do Brasil Índice
|