|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
saiba mais
Agência fixou registro documental
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O surgimento da Magnum se deu logo após a Segunda Guerra Mundial,
quando seus fundadores
perceberam o poder das
imagens documentais, o
impacto que elas exerciam
sobre a opinião pública e a
possibilidade de denunciar mazelas por meio de
seus testemunhos.
Isso tudo, porém, só se
tornou possível após uma
das maiores revoluções
ocorridas na história da
fotografia, que foi a criação
da câmera portátil de 35
milímetros, que permitia
aos fotógrafos registrar cenas com baixa luminosidade sem o uso de tripé, o
que também possibilitava
que o fotógrafo se tornasse
quase invisível na cena.
Daí surgiram os flagrantes
nos quais a expressão humana passou a ser captada
em total naturalidade.
Henri Cartier-Bresson
começou a fotografar em
1931, justamente no momento em que a câmera
Leica passou a ser comercializada. Com a máquina
portátil em punho, ele foi
para a rua e, na busca de
momentos decisivos, em
que o mundo parecia entrar em total harmonia no
visor de sua Leica, esboçou
a síntese do fotojornalismo praticado até hoje.
Quando a fotografia
contemporânea documental começou a se
transformar, a partir dos
anos 80, com maior uso da
pose e da cor, por exemplo,
Bresson votou contra a entrada na agência de fotógrafos dessa tendência, como o britânico Martin
Parr. Foi derrotado e, aos
poucos, deixou a fotografia e retornou ao desenho,
que adotou como forma de
expressão até sua morte,
em 2004.
A Magnum funciona como uma cooperativa e representa 78 fotógrafos
(entre mortos e vivos).
Priorizam pautas próprias
em detrimento de trabalhos por encomenda.
A nova geração de fotodocumentaristas incorporadas ao staff nos últimos
anos injetou um novo fôlego à agência. Uma amostra
disso foram os diversos
prêmios ganhos pela equipe recentemente.
(EC)
Texto Anterior: Magnum reconta sua história em 50 imagens Próximo Texto: Cinema: É Tudo Verdade lista filmes da competição internacional Índice
|